Fala-se muito de uma reedição do bloco central.
É claro que o bloco central não se repete. Assim como a segunda "ad" foi muito diferente da primeira, também o segundo bloco central o será, se vier a existir.
Mas também há semelhanças. O primeiro bloco central foi imposto pela crise económica e pelo bloqueio político, como agora são também a crise económica e o bloqueio político que o convocam
Tem a desvantagem de concentrar o descontentamento e a oposição nas franjas do sistema, mas têm a vantagem de permitir as reformas necessárias comprometendo nelas ambos os partidos de governo.
Do lado do PSD, tem a vantagem de afastar MFL, pessoa séria, mas sem jeito para a política. Do lado do PS será bom que afaste Sócrates, pessoa com jeito para a política, mas não séria. Ao polo do poder político regressará Cavaco, pessoa séria e com jeito para a política.
É curioso como foi Cavaco que matou o primeiro bloco central e que está a construir o segundo.
Em linguagem jurídica, o que é proibido é «proscrito».
É proibido que qualquer engenheiro ou arquitecto assine e assuma a falsa autoria de projectos apresentados numa Câmara que tenham sido realmente elaborados por técnicos da própria Câmara. Além de haver crime de falsificação, há obviamente quase de certeza corrupção.
Sócrates assinou projectos que não foram feitos por si, mas por técnicos da Câmara onde foram apresentados.
O Ministério Público arquivou o processo por prescrição: o proscrito ficou prescrito.
Sócrates lá se safou mais uma vez. Nisto é mesmo catedrático. Não há Ministério Público que o agarre.
O lixo governante respirou de alívio.
A aprovação pelo Parlamento da alteração do sistema de financiamento dos partidos políticos que aumenta para o dobro os limites de dinheiro que os partidos podem receber vai introduzir uma alteração estrutural profunda no sistema político-partidário português.
Os partidos vão passar a ser - agora oficialmente - propriedade dos donos do dinheiro. O que já era uma oligarquia mediaticamente assistida, passa agora a ser um estado mafioso. É previsível que a próxima lei sobre o estatuto dos partidos políticos venha a institiur as SAP - sociedades anónimas partidárias, com cotação na bolsa e accionistas privados. Depois serão as OPAs e as tomadas de controlo por off-shores da Colômbia e da Calábria. De Angola também.
A Manuela continuará presidente do PSD, SAP, SGPS, SA, sem ter dado por nada; Jorge Coelho, da Mota/PS, SAP, SGPS, SA.
Pela primeira vez na vida, Commonsense não vai votar.
Lá ganhou a Manuela.
Com margem magrinha, como é costume no PSD, mas ganhou.
Agora importa saber se no congresso que aí vem a seguir conseguirá compor uma equipa políticamente forte e competente, e que não seja sectária. Quer dizer, que inclua gente para além dos seus apoiantes. Se o conseguir, o PSD ganhará um novo "lease of life".
Depois:
O PSD irá atacar Sócrates e o seu Governo com gana. O ataque vai assentar sobretudo em ortodoxias: ortodoxia política, ortodoxia financeira e até moral. Uma das componentes mais vistosas deste combate será a protecção dos mais pobres e dos mais desprotegidos afectados pela crise. Sócrates vai defender-se acusando a Manuela de ser uma das causadoras de crise orçamental, quando foi Ministra das Finanças. Vai ser um diálogo de surdos.
Se a crise económica se instalar e aprofundar, como receio que aconteça, Sócrates vai perder a maioria absoluta de certeza e talvez mesmo a maioria. Depende de o descontentamento das pessoas disparar e de essas pessoas conseguirem ver na Manuela a solução.
Esta última condição poderá ser difícil porque, segundo a conheço, a Manuela vai pregar uma ortodoxia financeira e orçamental ainda mais dura que a de Sócrates. E, seja certo ou errado, as pessoas o que não querem é ortodoxia financeira. Casa onde não há pão...
Mesmo assim, antes a Manuela do que o Lopes.
Mas foi pena. Foi escolhida a opção mais conhecida, mais cautelosa, com menos rasgo, com menos génio político.
Ao PSD faltou o golpe d'asa...
Post scriptum: I wonder como é que o Santana Lopes ainda teve tantos votos. Como é possível, meu Deus!
Num sistema de democracia representativa, como o nosso, o fundamental do exercício da cidadania é feito através de partidos políticos.
Os partidos, neste sistema, devem compreender o sentir dos cidadãos e dar-lhes voz. Devem representá-los politicamente.
É por isso e para isso que são pagos pelos nossos impostos.
Os partidos não cumprem a sua obrigação legal e cívica quando, em vez de representarem os cidadãos, se representam a si mesmos, aos seus dirigentes, aos seus membros, ou até (coisa tabu) aos seus financiadores. Quando assim sucede, perdem a credibilidade, a respeitabilidade, os cidadãos deixam de confiar neles, e a abstenção aumenta.
É isto o que está a suceder cada vez com maior gravidade em Portugal. Por isso, a opinião geral sobre os partidos e os políticos é de que «são todos iguais».
Os partidos estão a ser progressivamente colonizados por oligarquias cujas interesses promovem e que os alimentam com negócios e interesses. Há hoje, na política portuguesa, coisas que são tão claras que é preciso ser cego para não ver: em Oeiras, na Portucale, no Casino de Lisboa, no Parque Mayer, em Gondomar, em Felgueiras... e podia continuar...
É assim que sucede na Sicília, na Calábria, em Nápoles, na Albânia... e podia continuar...
A grande maioria dos portugueses anda descontente, mas quando chegarem as eleições não vai ter em quem votar. Vai ficar em casa, descontente e deprimida... e a maioria do voto vai ser na abstenção ... provavelmente ...
Commonsense é fundador do PSD. Fez comícios, manifestações, colou cartazes, andou à tareia, andou de arma na mão, gastou dinheiro (nunca recebeu nem ganhou um tostão), correu o país, fez campanhas eleitorais, participou em órgãos partidários, em comissões políticas, com Sá Carneiro e outros.
Está de cabeça perdida com o que estes energúmenos estão a fazer com o seu partido.
Vem-lhe ao espírito o genial:
look what they've done to my party
Commonsense já há algum tempo desconfiava que alguém no PSD queria fazer uma fusão com o CDS.
Era a maneira airosa de receber no regaço o antigo trânsfuga Paulo Portas e de dar emprego político ao seu clube de fans.
Parece que já começou.
Adoptou a cor azul do CDS e uma seta feminina para dar com a idiossincrasia do dito.
Só que bem pouca gente irá votar naquela espécie híbrida.
A avaliação no Ministério da Educação foi este sábado inaugurada, com pompa e circunstância, pela própria Ministra. Foi chumbada por 100 mil votos contra. Só falta, agora, que se demita a si mesma, para demonstrar a seriedade do seu sistema.
PS: Vital Moreira, no seu blog causa nossa, insinua que as intervenções abusivas da polícia em várias escolas foram levadas a cabo por elementos da FENPROF infiltrados na PSP. Não há nada como ter zelo. Já era assim quando militava pelo PC (antes de virar a casaca).
Se continuar por este caminho Vital Moreira ainda há-de ir a Ministro (da Educação? ou da Administração Interna?).
Esta revolta dos professores parece a maior movimentação cívica desde o buzinão da ponte.
Commonsense acha que têm razão: aquele sistema de avaliação é, pelo menos, suspeito e tem aspectos inqualificáveis.
Além disso, décadas de degradação de desconsideração, de frustração, de indisciplina e de desautorização são de fazer perder a paciência a um santo.
Vamos ver o que dá.
Pelo menos mostra que a sociedade civil ainda tem alguma vitalidade!
Paulo Portas ficou melindrado. Não sei porquê.
Desde há anos, na direcção do Independente, Paulo Portas inaugurou um novo estilo na política portuguesa, consistente em difamar os inimigos políticos e atacá-los pessoalmente. Foram tantos os casos que os tribunais não conseguiram tratar de todos.
Agora, voltou ao estilo mas teve resposta ao mesmo nível. A resposta foi feia, mas não foi mais feia do que aquilo a que respondeu.
Paulo Portas não tem razão, por três razões:
- Porque quem com ferro mata com ferro morre, e ele foi o inaugurador e o campião daquilo de que agora se queixa;
- Porque foi ele quem atacou primeiro e a resposta foi ao nível do ataque, nem melhor nem pior, de nível igualmente baixo;
- Porque efectivamente Paulo Portas e o seu Partido têm muitas coisas a explicar em muitas matérias, coisas que, também acho, não se branqueiam na cadeira do dentista.
Como se não chegasse, é desprestigiante que Paulo Portas não conseguisse arranjar um advogado na sua área política, nem sequer numa área política democrática. Teve de ir pescar um no MRPP.
Nada disto ajuda a prestigiar o sistema político português!
Os casinos não são lugares recomendáveis. Neles se faz quase tudo o que se não deve. Há usura, extorsão, prostituição, droga, corrupação, ruína, desgraça. Qualquer pessoa de bem, no seu perfeito juízo, passa ao lado e não entra.
Alí tudo se joga, até a seriedade do Estado e a reputação das Instituções. Negoceia-se a redacção dos preceitos da lei.
Commonsense não conhece os detalhes do que se passou com o casino de Lisboa, mas receia que não seja coisa boa. Sobretudo, envergonha-se por ver gente sem pudor a discutir como e quem conseguiu que uma lei de interesse público fosse redigida no interesse do particular.
Que vergonha! Tenham pudor! Revoguem aquela lei de vez, fechem aquele casino e, por uma vez, para amostra, metam alguém na cadeia!
Não faz nenhum sentido fechar o Conservatório e substitui-lo por aulas de canto coral nas escolas. É um nonsense!
Commonsense nunca assinou projectos, textos ou documentos que não fossem da sua autoria.
Commonsense tirou o seu curso numa Faculdade decente, do Estado, e passou todos os exames sem favores de ninguém.
Commonsense não acredita na licenciatura de Sócrates e tem sérias dúvidas sobre o contexto em que foram por ele assinados projectos que - segundo consta - não eram dele.
Commonsense acha que esta coisa das assinaturas tem de ser melhor explicada. Deve ser perguntado àqueles que encomendaram os projectos a quem é que os encomendaram, se os pagaram, quanto e a quem.
Commonsense acha importante saber se não haverá casos de corrupção autárquica por detrás destas assinaturas de projectos que - alegadamente - seriam da verdadeira autoria de técnicos da Câmara que os iria aprovar.
Fui ao Algarve e vim pela A2 e não vi uma única patrulha da GNR.
Durante o caminho, pensei: onde estão eles? e a resposta veio logo ao meu espírito: no telejornal!
Esta é uma técnica de demagogia em que este governo é perito:
- Anuncia no telejornal que vai haver gente a ser multada e a ficar sem carta; até passa vídeos. Os portugueses (em geral) gostam.
- Na prática não faz nada disso. Cada português (em particular) gosta.
O efeito demagógico é infalível: os portugueses gostam que "os outros" sejam multados e fiquem sem carta; mas não gostam que isso lhes suceda a si próprios.
Fica tudo no melhor dos mundos: os portugueses, agradados por saberem que os "outros" vão ser multados, aqueles energúmenos que não sabem guiar, fazem manobras perigosas e, sobretudo, os ultrapassam com carros melhores que os deles; e ficam agradados porque eles próprios não são incomodados pela Brigada de Trânsito que miraculosamente, por acaso, não andou onde eles andaram.
A felicidade é geral.
O governo nem sequer tem de gastar combustível e pagar horas extraordinárias: as campanhas do Natal e do Ano Novos, com tolerância zero e tudo, são quase totalmente virtuais.
Mas há sempre um "qualquer coisa", um gato fedorenteo que é apanhado, para dar credibilidade à coisa.
Como propagando, convenhamos, é genial!
Do Jornal Russo Pravda, recolhemos esta notícia:
Director da ASAE apanhado por violar a lei de tabaco
02.01.2008 Source: Pravda.ru URL: http://port.pravda.ru/cplp/portugal/21046-diretor-0
O diretor da Autoridade da Segurança Alimentar e Económica (ASAE) , o órgão responsável pela aplicação da proibição ao fumo em locais públicos em Portugal foi apanhado por um repórter do Jornal de Notícias no dia 01 de janeiro fumando num casino, infringindo a lei no primeiro dia em que ela entrou em vigor.
Antonio Nunes disse ao jornal que não sabia que a nova lei, que proíbe o fumo em cafés, restaurantes e bares, também se aplicava aos cassinos. Mas um porta-voz do Ministério da Saúde disse e pergunta: É preciso o diploma voltar à Assembleia da República devido à interpretação?
"Entendemos que os casinos e as salas de jogo estão abrangidos pela nova lei do tabaco.
Esta estabelece como princípio geral o limite do consumo do tabaco em locais fechados de utilização colectiva e, portanto, sendo os casinos e salas de jogo recintos fechados não podem deixar de ser incluídos na lei", diz a jurista da DGS, Nina de Sousa Santos, responsável pelo estudo interpretativo do diploma.
'Teremos que analisar o que está contido na lei', disse Nunes.
© 1999-2006. «PRAVDA.Ru». No acto de reproduzir nossos materiais na íntegra ou em parte, deve fazer referência à PRAVDA.Ru As opiniões e pontos de vista dos autores nem sempre coincidem com os dos editores.
Não vale a pena disfarçar. Esta vergonha já chegou longe demais. Não pode ficar incólume. Este senhor tem de ser demitido. Já!
Não é aceitável num país europeu a divisão do povo em duas classes: uns que podem fazer o que quer que seja que nada lhes acontece e outros para quem nunca há contemplações.
Os pedófilos da Casa Pia safam-se, enquanto os outros são condenados a penas pesadas; os traficantes e agentes de falcatruas são presos, enquanto que os do Banco ... recebem salários milionários e nada lhes acontece; os comuns alunos das faculdades chumbam nos exames quando não estudam, enquanto o Sócrates é Primeiro Ministro; nos cafés e restaurantes normais, a ASAE actua com brutalidade, enquanto no casino é o Presidente da Asae que fuma em frente de toda a gente. E nem sequer pede desculpa ou mostra vergonha (que não tem). Diz que os casinos estão isentos da proibição.
Isto é mau de mais para ser verdade! Isto não pode continuar assim!
No Natal, Deus encarnou numa criança. Este sinal é claro: as crianças são sagradas. Não são nossas. São-nos confiadas para que as cuidemos, protejamos, eduquemos, encaminhemos num mundo cheio de perigos e numa vida cheia de incerteza. Um dia partem, seguem o seu caminho, casam, viajam, ou morrem cedo demais. São frágeis, são indefesas, fracas. São sagradas.
As crianças são nossa responsabilidade.
Não se pode permitir que continuem a ser mortas, vendidas, compradas, violadas, escravizadas para aproveitamento e comercialização de sexo pervertido, para aproveitamento e comercialização de órgãos.
Não tem sentido defender o ambiente sem defender as crianças, promover o enriquecimento económico sem defender as crianças, promover o prazer e a felicidade dos adultos sem defender as crianças.
Um País que não cuida das suas crianças não merece ser respeitado.
No ano de 2008 temos de exigir algo de muito claro e muito forte, em Portugal, na defesa das crianças.
Quem ainda não assinou, é importante que participe neste abaixo assindado:
http://www.petitiononline.com/criancas/petition.html
A propósito da cimeira Europa-África e da urgência em acabar com as guerras e os massacres de inocentes, tanto aqui, como ali, como em toda a parte, aqui deixo um clássico do meu tempo
- Universal Soldier, do Donovan -
que continua tão actual e tão urgente hoje como nos anos sessenta
É totalitária porque assume o Governo como titular exclusivo de toda a ética e quer impô-la pela força.É perigosa porque abre a porta a tudo o que qualquer governante se lembre de querer fazer.
Commonsense não resiste a transcrever do abrupto do Pacheco Pereira ( a imagem também foi ali colhida):
Uma coisa que morreu ontem: os últimos restos do processo de refiliação de Rui Rio, os últimos restos de alguma moralização da vida interna para garantir a democracia dentro do partido. A partir de agora algumas das pessoas que andavam aos saltos na candidatura de Menezes vão-se encarregar de garantir que aquilo que sempre souberam fazer nas suas secções se vai estender a todo o partido. A blindagem contra surpresas futuras vai ser total, porque eles não brincam em serviço. Se alguém pensa que Manuelas Ferreira Leite, Rios, Relvas, ou seja lá quem for podem ganhar alguma vez contra alguns daqueles profissionais, está bem enganado. Terão que fazer alianças com eles.
Uma das razões porque Menezes ganhou foi porque assumiu o papel de sindicalista do aparelho do partido, como já tinha sido com Valentim Loureiro contra as propostas de Rio. Não foi a única razão, mas foi importante. prometeu-lhes todos os despojos de guerra, os lugares de deputados, do Parlamento Europeu, das autarquias, empregos, tudo. Isto foi uma força em campanha, mas vai ser uma fraqueza no deliver. É que agora vai-se defrontar com a escassez, não há lugares para todos.
Convém recordar... e já agora divulgar... o papel do Costa na tentiva de obstrução da justiça no caso da pedofilia. É uma notícia da SIC, tal como saíu:
http://videos.sapo.pt/aWCBzS2SIhahWzoftzgZ
É sempre bom poder aferir o carácter de cada um que se apresenta ao sufrágio eleitoral.
Não, não estou a falar do António Costa. Ele é moreno mas nem tanto.
É Juiz e esteve na luta contra a toxico-dependência. É sério (coisa importante), não está ligado à construção civil (coisa importante), nem a empresas ou grupos económicos (coisa importante). É inteligente. É competente.
Vai concorrer pelo PSD. Vou votar nele. Espero que ganhe.
Parece que não vai ser fácil ao PSD arranjar um candidato à CML.
Tem de ter duas características que raramente se juntam na mesma pessoa: ser elegível e ser capaz de governar a Câmara.
Os que têm a primeira, falta-lhes a segunda... e vice-versa.
Esta agora... quem havia de dizer que isto ia acabar assim?
Mas, será que já acabou? ou vai começar? o quê? a patetice do costume, com os jornalistas, os entendidos, o Professor Marcelo e outras bruxas... a adivinhar... a intoxicar... a envenenar... a lançar candidaturas bizarras... conspirações sem pés nem cabeça... sei lá...
Tudo isto existe... tudo isto é triste... tudo isto é...
Anda por aí a agitação, vigorosa. O povo está na rua a protestar. O que não protesta entristece: já não espera, desespera.
E porquê? É necessário comprimir a despesa pública. Toda a gente sabe. Porque tanta zanga?
Porque está a ser reduzida de uma maneira estúpida. O massacre do sistema nacional de saúde é um bom exemplo. Começaram por ser fechadas as maternidades; depois as urgências. O que é que fica? A Ota e o TGV!
É óbvio que é preciso reduzir a despesa do Estado e melhorar a competitividade do País.
Mas a despesa do Estado tem muito para comprimir antes de chegar ao que é essencial. Podiam começar nas despesas dos gabinetes dos membros do governo, nos carros, nos cartões de crédito, nos almoços, nas viagens à China para negociar nada com ninguém. Sempre dava o exemplo e ajudava as pessoas normais a suportar o que aí vem. Não podem andar com carros mais pequenos? nem no próprio carro? Não podem ter um governo mais pequeno, num País que tem a população de uma cidade grande e que bem se podia governar como uma câmara municipal? É mesmo imprescindível subsidiar o berardo?
A Ota e o TGV são dois casos de despesas gigantescas e irracionais. A Ota custa uma fortuna e é construída num sítio péssimo. Porque não em Alcochete, que já é do Estado (não é preciso expropriar), que tem área que chegue e que sobre para todos os futuros aumentos, que tem condições geológicas ideais, que tem acessos já feitos à porta?
O TGV para quê? A Alemanha, a Inglaterra, a Itália, a Holanda, a Bélgica, a Dinamarca, a Suécia, a Noruega, a Finlândia, etc., etc., etc., não têm TGV. Têm comboios rápidos do tipo «pendolino», como nós temos o Alfa. Em vez de dar 300 Km/h, dá "só" 250 Km/h e custa uma fracção do preço. Quem tiver feito Lisboa-Porto no Alfa, vê-o bem a andar acima dos 200 Km/h (por pouco tempo, bem sei), mas quase sempre muito veloz. Também há troços em que anda devagarinho, e até pára! Porquê, porque a linha não está pronta. Não seria melhor acabar de fazer a linha do Alfa até ao fim, em vez de entrar neste disparate do TGV. Quanto tempo reduz o TGV à viagem Lisboa-Porto ou Lisboa-Madrid? Essa redução de tempo quanto custa? Vale o preço?
Os mais desconfiados acham que é por causa dos negócios e das comissões. Já viram (dizem) o que pode ser o negócio da urbanização dos terrenos da Portela? das empreitadas de movimentação de terras na Ota? etc? etc? etc?
Mas sejamos optimistas. É só por estupidez. Não há uma boa ideia que continue boa, que dê bons resultados, que não se torne uma catástrofe, se for aplicada por uma pessoa estúpida.
A estupidez é uma doença incurável, intratável e não vem na estatística. Mas tem manifestações exteriores: teimosia, obstinação, recusa em ouvir as razões dos outros, rispidez e rigidez na discussão, falta de maleabilidade e de ductilidade de espírito.
Pensando bem ... é preciso recordar que o nosso primeiro ministro só conseguiu fazer um cursinho de engenharia do ambiente ... na Universidade Independente ... o que indicia uma insustentável leveza do QI.
Ainda por cima, insiste em usar o nome de uma das pessoas mais inteligentes que a humanidade conheceu.
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