O maior défice do País não é financeiro, nem é democrático, talvez seja neuronal, mas é concerteza de senso comum

Quinta-feira, 30 de Abril de 2009
a Chrysler faliu

A Chrysler faliu. Recorreu ao célebre Capítulo 11 da lei americana da falência para se proteger dos credores. Depois de reduzir passivo, de se livrar de contratos com distribuidores, fornecedores, etc., de reduzir o fundo de pensões dos empregados e de pôr de lados os mastodontes Dodge e Jeep, pensa-se que será comparada pela FIAT.

Aguarda-se o que irá acontecer com a GM, que tem um prazo até 1 de Junho para resolver os seus problemas financeiros, o que ninguém acredita que consiga fazer. Neste caso, fala-se de nacionalização.

Está a acontecer à indústria automóvel americana o mesmo que aconteceu à inglesa nos anos 70.

As mesmas receitas fazem os mesmos bolos.


tags:

publicado por commonsense às 21:43
link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito

Terça-feira, 21 de Abril de 2009
combustíveis, concorrência e cartelização

A Autoridade da Concorrência disse que não há cartelização no mercado português de distribuição de combustíveis. Há concorrência, embora haja «paralelismo», quer dizer, os preços sobem e descem em alturas próximas e valores próximos.

Os telejornais, os políticos e os entrevistados de rua protestaram.

Mas sem razão.

Há cartel e cartelização, abertamente, publicamente e mesmo oficialmente na OPEP.

O que se passa nos mercados de distribuição é só uma consequência directa da cartelização da produção.

E não adianta haver concorrência na distribuição em Portugal quando há cartelização na produção em (quase) todo o mundo.

Só é de estranhar não se ouvir os neo-liberais criticarem a OPEP e a Organização Mundial do Comércio fazer como se a OPEP não existisse.


tags:

publicado por commonsense às 21:08
link do post | comentar | favorito

Segunda-feira, 23 de Março de 2009
pinho & lino

Têm uma ideia vaga de que existiu um economista chamado Lord Keynes. Dizem que querem seguir uma política económica keynesiana assente em grandes investimentos públicos, em obras públicas estruturais, com o fim de estimular a economia.

Esquecem que essa política funcionava (e funcionou) em países com uma despesa pública muitíssimo inferior à nossa e em que as obras públicas não implicavam importação de quase tudo.

Em Portugal, as grandes obras públicas desejadas por Pinho & Lino envolvem componentes enormes de importação, em máquinas, tecnologia, software, projecto, know how, etc., que implicarão um gravíssimo individamento externo. Tudo isto agravado por essas obras não terem um impacto significativo no aumento das exportações ou na redução das importações. Quer isto dizer que tais políticas têm efeitos perversos indesejáveis de agravamento do desequilíbrio das contas externas e do individamento nacional. São ruinosas e o próprio Lord Keynes seria o primeiro a repudiá-las.

Mas será as políticas de grandes investimentos públicos de Pinho & Lino são consequência de simples e inocente incompetência? Pode ser que não só.

Por acaso (?) coincidem com as pressões do loby da construção civil pesada, aquele mesmo loby que levou à construção de estádios de futebol a mais e de auto-estradas paralelas umas às outras, que queria a opção mais cara para o aeroporto (Ota) e que quer construir novas travessias do Tejo, por cima e por baixo. O mesmo que está na origem das obras do Terreiro do Paço e do Túnel do Rossio: a malta do betão. 

Pinho & Lino são ministros perigosos. Seja por incompetência, seja por outras razões, se os deixarem, vão conduzir o País à ruina.

É preciso estar atento a esta dupla fatal: Pinho & Lino.



publicado por commonsense às 22:50
link do post | comentar | ver comentários (3) | favorito

Domingo, 22 de Março de 2009
o relatório Larosière

Commonsense está a ler o Relatório Larosière sobre a reforma da regulação e supervisão financeira na Europa, perante a crise. Recomenda a toda a gente.

Um excerto com interesse:

The crisis has launched a debate on remuneration in the financial services industry.

There are two dimensions to this problem: one is the often excessive level of

remuneration in the financial sector; the other one is the structure of this remuneration,notably the fact that they induce too high risk-taking and encourage short-termism to the detriment of long-term performance.

Social-political dissatisfaction has tended recently to focus, for understandable reasons, on the former.

However, it is primarily the latter issue which has had an adverse impact on risk management and has thereby contributedto the crisis.

It is therefore on the structure of remuneration that policy-makers should concentrate reforms going forward.



publicado por commonsense às 13:16
link do post | comentar | ver comentários (3) | favorito

blogs SAPO
mais sobre mim
subscrever feeds
links
pesquisar
 
posts recentes

a Chrysler faliu

combustíveis, concorrênci...

pinho & lino

o relatório Larosière

arquivos

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

Março 2007

Fevereiro 2007

Janeiro 2007

Dezembro 2006

Novembro 2006

Outubro 2006

Setembro 2006

Agosto 2006

Julho 2006

Junho 2006

Maio 2006

Abril 2006

Março 2006

Fevereiro 2006

Janeiro 2006

Dezembro 2005

Novembro 2005

Agosto 2005

Junho 2005

Maio 2005

tags

aborto baby-killers

american soft power

baby killers

baby killers 4

berlusconi

burocracia

casa pia

crianças

crianças; casa pia

crise

cultura

dinheiro

economia

esperança; política; desporto

ética

europa

freeport

fumar

guerra

islão

justiça

kosovo

natal

negócios

nuclear

ota

país

paz

pinho&lino

política

ps

psd

religião

renditions

saúde

sida

sixties

sociedade

socretinos

tabaco

universidade

todas as tags

subscrever feeds