Têm uma ideia vaga de que existiu um economista chamado Lord Keynes. Dizem que querem seguir uma política económica keynesiana assente em grandes investimentos públicos, em obras públicas estruturais, com o fim de estimular a economia.
Esquecem que essa política funcionava (e funcionou) em países com uma despesa pública muitíssimo inferior à nossa e em que as obras públicas não implicavam importação de quase tudo.
Em Portugal, as grandes obras públicas desejadas por Pinho & Lino envolvem componentes enormes de importação, em máquinas, tecnologia, software, projecto, know how, etc., que implicarão um gravíssimo individamento externo. Tudo isto agravado por essas obras não terem um impacto significativo no aumento das exportações ou na redução das importações. Quer isto dizer que tais políticas têm efeitos perversos indesejáveis de agravamento do desequilíbrio das contas externas e do individamento nacional. São ruinosas e o próprio Lord Keynes seria o primeiro a repudiá-las.
Mas será as políticas de grandes investimentos públicos de Pinho & Lino são consequência de simples e inocente incompetência? Pode ser que não só.
Por acaso (?) coincidem com as pressões do loby da construção civil pesada, aquele mesmo loby que levou à construção de estádios de futebol a mais e de auto-estradas paralelas umas às outras, que queria a opção mais cara para o aeroporto (Ota) e que quer construir novas travessias do Tejo, por cima e por baixo. O mesmo que está na origem das obras do Terreiro do Paço e do Túnel do Rossio: a malta do betão.
Pinho & Lino são ministros perigosos. Seja por incompetência, seja por outras razões, se os deixarem, vão conduzir o País à ruina.
É preciso estar atento a esta dupla fatal: Pinho & Lino.
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