O maior défice do País não é financeiro, nem é democrático, talvez seja neuronal, mas é concerteza de senso comum
Sexta-feira, 2 de Dezembro de 2005
O orçamento reduzido
Tony Blair foi passear ao continent, falar com os governos dos países recém aderidos, para os tentar convencer a aceitar uma redução do orçamento da UE que se traduziria inexoravelmente na redução dos subsídios que iriam receber. Tinha, com certeza, esperança em que o anglo-americanismo deles os faria aceitar. Mas não, não aceitaram e protestaram contra a falta de solidariedade dos ricos. Parece, agora, que Blair já está conformado a ver reduzido o british rebate. Vai ser - já está a ser - atacadíssimo at home por causa disso. Ainda assim, não é bom - é pessimo - que orçamento comunitário seja reduzido, em vez de ser aumentado. Como é que vai ser possível, como menos dinheiro, fazer tudo o que tem de ser feito por dez países arruinados pela guerra fria, como é que vai ser possível pacificar e reconstruir os balcans, como é que vai ser possível lançar as bases de uma política de defesa e segurança comum, de uma política externa comum, como é que vai ser possível manter e desenvolver o futuro da Europa com um redução do orçamento? Não pode ser assim...