O maior défice do País não é financeiro, nem é democrático, talvez seja neuronal, mas é concerteza de senso comum
Quinta-feira, 8 de Dezembro de 2005
American soft power
O poder americano no mundo não vem só do aparelho militar. Vem também da propensão de tanta gente, fora da do seu território, para apoiar activamente as suas iniciativas, para controlar a informação e para formar a opinião nos outros países. Assim como a Alemanha do III Reich tinha os seus «colabos» em França e como os franquistas na guerra de Espanha, tinha a sua «quinta coluna» em Madrid, também os americanos têm, mais ou menos em todo o lado, desde dirigentes políticos a jornalistas, de académicos a militares e polícias, que pensam americanamente, que agem de acordo com o que lhes parece ser a doutrina americana.
Já nem dão por isso, tal é o hábito.
Isto é o american soft power. Sem ele, nunca teriam podido sobrevoar, aterrar e descolar, no estrangeiro os aviões da CIA, nunca poderia ter feita as «extraordinary renditions», nunca poderia ter feito o «outsorce da tortura».
Nem precisam de os pagar: eles são pagos pelos outros.