O maior défice do País não é financeiro, nem é democrático, talvez seja neuronal, mas é concerteza de senso comum
Sexta-feira, 24 de Outubro de 2008
o muro de contentores 2: há lodo no cais

Abençoado Mário Crespo. Trouxe à televisão um homenzinho que representava os operadores do Porto de Lisboa (será que era mesmo isto?) para explicar o que se passa com a chamada expansão do terminal de contentores de Alcântara. O homenzinho foi patético! gaguejou, atrapalhou-se, não se conseguiu explicar, sob um olhar meio gozão e meio complacente do Mário Crespo. Ficámos a saber - se é que não sabíamos já - que justificação não há nenhuma para aquilo, mas explicação há: é mais dinheiro a ganahr para a Mota-Engil pela batuta milagrosa do Jorge Coelho. Já há algum tempo commonsense tinha chamado a atenção para este senhor no post «o coelho na cartola».

 

Ficou sem se saber porque é que não apareceu alguém mesmo do Porto de Lisboa, da Mota-Engil, ou do Ministério (dos Empreiteiros) de Obras Públicas. Mandaram um homenzinho fazer o frete (e, verdade, verdade, fretes é ali...). Quizeram ser espertos, puzeram ali alguém que não os responsabilizava e que, por isso, não os comprometia. É bom de ver, porém, que um dos "operadores do Porto de Lisboa" é a própria Liscont... Será que ele era dali, ou foi pescado na grua dos contentores?

 

Mas fizeram mal. Ainda ficaram mais comprometidos ao virarem as costas. Deviam ter vindo explicar aquilo que ninguém compreende, para que todos não compreendam aquilo que ninguém explica. A frase é hiperbólica, mas toda a gente a percebe: se não vêm os autores da proeza explicar que aquilo é sério, toda a gente vai ficar com a certeza de que não é (sério).

 

Commonsense vai ficar atento. Há lodo no cais.


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publicado por commonsense às 23:25
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