O maior défice do País não é financeiro, nem é democrático, talvez seja neuronal, mas é concerteza de senso comum
Segunda-feira, 30 de Junho de 2008
todos os pretextos são bons
Hoje foi um aumento da tensão entre Israel e o Irão. Ontem mais uma baixa do dollar. Amanhã será outra coisa qualquer.
Mais ou menos todos os dias, às vezes dia sim dia não, pelo menos uma vez por semana, há um pretexto para aumentar o preço do petróleo.
Mas não se sabe exactamente em que local do seu percurso se dá o aumento. É na extracção? É no transporte? É na refinação? É na distribuição?
Há quem diga que é porque os países emergentes estão a gastar mais. Mas os produtores dizem que há petróleo em quantidade mais do que suficiente no mercado, o que desmente que a alta do preço seja impulsionada pela procura. Também não há problemas no transporte, nem na refinação, nem na distribuição.
Será que o aumento é resultado da especulação financeira no mercado de futuros?
É fundamental saber para poder agir.
Enquanto este mercado se caracterizar pelo domínio total da oferta sobre a procura e pela mais impenetrável opacidade, tal significará que mercado verdadeiramente não existe. Nem sequer um mercado imperfeito.
E, se assim é – como parece que é – os reguladores têm de intervir. Têm de intervir com urgência, com músculo e com eficácia.
Se for necessário proibir os futuros de produtos energéticos que se proíba.
O que não pode é continuar este assalto, esta rapina, infrene… que continuará, cada vez mais voraz enquanto lhe for possível continuar.
Pois é Commonsense. Andamos a ser assaltados e os ladrões andam (e andarão) à solta. Você chama a atenção para um problema preocupante. Reli um artigo de um amigo meu que aconselho. Está em:http://www.janelanaweb.com/digitais/rui_rosa43.html. Ainda está actual.
A secção portuguesa da Associação para o Estudo do Pico do Petróleo e do Gás - ASSOCIATION FOR THE STUDY OF PEAK OIL AND GAS – ASPO. (http://www.aspo-portugal.net) tem também um artigo sobre o Pico de Hubbert ( que é sinónimo do Pico do Petróleo) com previsões terríveis para o petróleo e o gás natural apontado 2010 como o ano da maior crise.Quem consultar poderá verificar os gráficos resultantes do modelo matemático aplicado.
Estas pequenas referências de leitura (ou consulta) não pretendem ser mais do que uma contribuição ao post que li com agrado.
Volto para corrigir o link para o meu blog. Espero que agora deixe de ser "anónimo" e possa ser consultado por alguém interessado :))
De
fanicos a 2 de Julho de 2008 às 01:09
Gostei do post.
Desta vez, estamos de acordo.
Não é que eu preceba muito disto, mas há alguma coisa que não cheira bem neste problema do petróleo.
Entretanto, acho que devíamos insistir nas energias alternativas, a começar pela nuclear (hoje já não é tão perigoso).
A coisa que mais me dava gozo, era ver os árabes (e não só) a beber petrólio ao pequeno almoço.
À parte disso, a especulação é um crime, e não foi inventado hoje, nem ontem. O problema é prová-lo. E, se estamos à espera dos Tribunais, da EU, da ONU, bem podemos esperar sentados.
É como Israel: ou ataca, ou morre.
Mas já viram que a água está mais cara que o petróleo? Façam as contas a uma garrafinha de água vinda ali da fonte e à quantidade de intermediários no negócio do petróleo.
Quanto ao preço do petróleo trata-se de especulação.
De
fanicos a 5 de Julho de 2008 às 01:19
Padeirinha, beba água da torneira. :)
Fanicos parabéns pelo conselho à Padeira :)) Gosto do espírito prático da Padeira mas às vezes mete a pá no forno rápido de mais. Se vai explicar a teoria da água mais cara para alguma bomba de gasolina...não sei não... não haverá pá que lhe valha!
Boa semana!
A água é vendida em garrafinhas e tem muito mais postos de venda, o que aumenta os custos de distribuição.
Mas nãp há que temer: a gasolina e o gasóleo ainda hão-de ser vendidos nas perfumarias.
Ou às colheres ...
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