O maior défice do País não é financeiro, nem é democrático, talvez seja neuronal, mas é concerteza de senso comum
Segunda-feira, 16 de Junho de 2008
O Tratado de Lisboa
Muita gente se queixa de não conhecer, não compreender o Tratado de Lisboa e até de ele ser incompreensível.
Commonsense apressa-se a ajudar toda a gente e publica aqui a hiperligação para a versão consolidada do Tratado de Lisboa, isto é, o texto final resultante das alterações e remissões aprovadas.
Este é o texto oficial do Tratado da União Europeia, tal como resulta do Tratado de Lisboa.
Commonsense pede agora a todos que digam quais são os preceitos que não aceitam ou para os quais preferiam uma redacção diversa.
E, já agora, que tentem discernir o que é que neste Tratado justifica o voto contra dos irlandeses.
Não é desculpa não conhecer o Tratado, que está disponível facilmente, nem sequer não o compreender porque não é mais complicado que a Constituição Portuguesa, que nunca foi referendada e que 99% dos portugueses nunca leu.
Commonsense fica á espera dos comentários.
De
Jorge A. a 16 de Junho de 2008 às 22:53
"Não é desculpa não conhecer o Tratado, que está disponível facilmente, nem sequer não o compreender porque não é mais complicado que a Constituição Portuguesa, que nunca foi referendada e que 99% dos portugueses nunca leu."
Ora caro commonsense,
se me tivessem dado a hipótese de votar na Constituição Portuguesa acha que aquilo alguma vez ganhava o meu "sim"?
Eu percebo o seu ponto, mas o que o commonsense teima em tentar não perceber é que o tratado abrange todos os membros da UE enquanto um todo e, pelo menos da última vez que conferi, a UE não é um país. Daí que numa questão destas que mexe com a soberania nacional, as decisões devem ser tomadas com a vontade expressa da maioria do povo, daí eu considerar que o referendo, apesar de tudo, é quase de carácter obrigatório neste caso.
Caro Jorge A.
Bem me lembro do muito que lutei em 1975 por esta Constituição Portuguesa. Até presidi a uma mesa na eleição da constituinte. Já a li toda e sei o que está lá dentro. Não concordo com tudo, mas isso é pedir demais. Foi com certeza melhor do que o gonçalvismo! Os anos que já lá vão… Mais ainda hoje a votaria num referendo.
O actual conceito de soberania nacional, que vem de Bodin e Maquiavel, é o contrário de soberania pessoal, também chamada, cidadania. Variam na razão inversa. Prefiro a minha soberania pessoal, a minha cidadania, muito obrigado.
A União Europeia ainda não é um país, mas á faltou mais. Vai a caminho e, se Deus quiser, há-de lá chegar.
Os actuais países europeus, isolados, não têm dimensão nem massa crítica para valerem alguma coisa no mundo, nem sequer para serem tomados a sério. Mas uma República da Europa com 500 milhões de habitantes já é outra coisa. E é isso que eu quero.
Mas vá lá, já agora, clique na hiperligação, leia o Tratado da União tal como resultante do Tratado de Lisboa e diga-me em que é que discorda. Há-de haver alguma coisa, e eu também não concordo com tudo.
Para continuarmos uma conversa interessante e inteligente sobre coisas importantes.
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