O maior défice do País não é financeiro, nem é democrático, talvez seja neuronal, mas é concerteza de senso comum
Sábado, 26 de Abril de 2008
energia
É preocupante o que se está a passar com a energia.
O petróleo atinge preços inconcebíveis, em parte por pressão da procura e em (grande) parte por pura especulação. Além disso, é necessário para o fabrico de inúmeros produtos químicos, o que torna insensato continur a queimá-lo na produção de energia. Com o gaz natural passa-se quase a mesma coisa. Ainda por cima, criam para a Europa uma dependência geo-estratégica grave.
O carvão é barato, seguro e muito abundante, mas é sujo, poluente e grande emissor de gazes com efeito de estufa.
O biocombustível, aliado à estupidez geral e a uma especulação sem escrúpulos, está a produzir uma crise alimentar sem precedentes.
A energia solar e eólica (que também é solar, porque é o sol que produz o vento) está em crescimento e em desenvolvimento, mas está longe de deixar de ser apenas auxiliar. É boa, mas não chega.
Resta voltar à energia nuclear. Não tem efeito de estufa e é limpa, mas tem o perigo de acidentes e o problema do lixo nuclear. Este perigo, porém, pode ser avitado com as novas centrais de fusão (fissão) nuclear. Segundo a EURATOM, a fusão tem algumas vantagens em termos de questões ambientais, operacionais e de segurança:
- Os recursos combustíveis básicos (deutério e lítio) da fusão são abundantes e encontram-se praticamente em qualquer parte da Terra;
- O resíduo proveniente da combustão da fusão é o hélio. Como os combustíveis básicos, não é radioactiva;
- O combustível intermédio (trítio) é produzido a partir do lítio no manto do reactor. Não será necessário o transporte de materiais radioactivos para o funcionamento quotidiano de uma central eléctrica de fusão;
- As centrais eléctricas de fusão terão aspectos de segurança inerentes: os acidentes por excesso de limites ou fusão do núcleo são impossíveis;
- Com uma escolha adequada de materiais para o próprio dispositivo de fusão, qualquer fuga da energia de fusão não será um fardo a longo prazo para as gerações futuras;
- A geração da energia por fusão neclear não criará emissões de gases com efeito de estufa; e
- A energia de fusão proporciona uma fonte de energia sustentável a grande escala, independente das condições climáticas e disponível para abastecer energia vinte e quatro horas por dia.
Commonsense pensa que é de bom senso explorar seriamente este caminho.
De tiago menor a 27 de Abril de 2008 às 02:29
Belo post. Com informação credível.
Pelo conteúdo do post, a conclusão do autor parece também evidente e de seguir.
A ver se os senhores da política reagem adequadamante a estas questões ... e tomam a decisão de seguir o melhor caminho para o País.
Mas desconfio que não. Infelizmente, os políticos raramente seguem o caminho do bom senso... Pois se eles, por via de regra, são pessoas néscias e insensatas...!
De
fanicos a 27 de Abril de 2008 às 17:47
Depois de muitos anos a ter medo das centrais nucleares (Chernobyl foi há 22 anos) , tenho que me render.
Venha o nuclear.
De
Curiosa a 1 de Maio de 2008 às 23:55
Desviando-me do tema do post, informo que A Petição em Prol das Crianças Vítimas de Crimes Sexuais FOI ENTREGUE
Ultrapassadas largamente as 4 000 assinaturas, a 3 de Janeiro remeteu-se carta ao Exmo. Presidente da República Portuguesa, na qual se solicitou uma audiência para a entrega da Petição.
Posto o tempo de espera, que não pode ser indefinido, as acções urgem.
Ainda sem a aguardada resposta da Presidência, a Petição com 13 072 assinaturas válidas no total (4 757 online e 8 315 manuscritas), foi entregue a 29 de Abril no Palácio de Belém, contra prova de recepção.
Agradecemos profundamente a TODOS os que de coração aberto se uniram nesta causa, contribuindo de diversas formas na sua divulgação e recolha de assinaturas.
Sem vós, não se teria chegado aqui. Bem-hajam!
De Anónimo a 3 de Maio de 2008 às 22:30
O post está bem orientado e intencionado, mas a fusão nuclear ainda não é prática, apesar de continuar em grande investigação desde à decadas. A alternativa é mesmo a já existente fissão nuclear. A geração de energia eléctrica não parece muito problemática, já a sua utilização para os transportes é difícil porque a tecnologia de armazenamento (baterias, etc.) ainda é insuficiente. Infelizmente, parece-me que vamos mesmo ter de usar o carvão liquefeito para os transportes. Já agora, o common sense saberá quem é que é capaz de especular com cereais? Quem é que ganha com este estado de coisas? Isso ilude-me.
De acordo.
Mas, se se conseguir limitar o uso de produtos petrolíferos nos meios de transporte já será uma enorme poupança, até que se consiga domina a técnica das baterias ou meso da c+elun«las de combustível ou de hidrogénio.
Sei nuito bem que é que anda a especular com os alimentos. São os especuladores do mercado financeiro, os mesmo que especularam com as moedas e com títulos hipotecários que levaram ao "credit crunch".
Vou postar sobre isso.
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