O maior défice do País não é financeiro, nem é democrático, talvez seja neuronal, mas é concerteza de senso comum
Segunda-feira, 17 de Março de 2008
representação e credibilidade
Num sistema de democracia representativa, como o nosso, o fundamental do exercício da cidadania é feito através de partidos políticos.
Os partidos, neste sistema, devem compreender o sentir dos cidadãos e dar-lhes voz. Devem representá-los politicamente.
É por isso e para isso que são pagos pelos nossos impostos.
Os partidos não cumprem a sua obrigação legal e cívica quando, em vez de representarem os cidadãos, se representam a si mesmos, aos seus dirigentes, aos seus membros, ou até (coisa tabu) aos seus financiadores. Quando assim sucede, perdem a credibilidade, a respeitabilidade, os cidadãos deixam de confiar neles, e a abstenção aumenta.
É isto o que está a suceder cada vez com maior gravidade em Portugal. Por isso, a opinião geral sobre os partidos e os políticos é de que «são todos iguais».
Os partidos estão a ser progressivamente colonizados por oligarquias cujas interesses promovem e que os alimentam com negócios e interesses. Há hoje, na política portuguesa, coisas que são tão claras que é preciso ser cego para não ver: em Oeiras, na Portucale, no Casino de Lisboa, no Parque Mayer, em Gondomar, em Felgueiras... e podia continuar...
É assim que sucede na Sicília, na Calábria, em Nápoles, na Albânia... e podia continuar...
A grande maioria dos portugueses anda descontente, mas quando chegarem as eleições não vai ter em quem votar. Vai ficar em casa, descontente e deprimida... e a maioria do voto vai ser na abstenção ... provavelmente ...
sinto-me: preocupado
De
fanicos a 19 de Março de 2008 às 11:53
Nas próximas eleições não tenciono votar. Pela primeira vez na minha vida.
Não acredito em nenhum partido político. Todos eles mentem à descarada.
O Não ao referendo sobre o Tratado de S. Bento (prometido por todos), foi a gota de água !
Acho melhor votar em branco.
De Assumida a 28 de Março de 2008 às 02:21
Pois eu vou votar, de certeza. Sim já sei que commonsense não apoia mas .... eu não alinho em protestos que só contam no dia das eleições. Vou mesmo votar no partido que eu, à partida, veja que consegue eleger um deputado, ou dois, vá lá. Desde que não seja o CDS/PP. Pois é ... terá que ser no chato do Louçã??? Os sacrificios que temos que fazer pela Pátria!!! Ninguém alinha em criar o partido do silencio. Pode ser que até lá apareça algum credível,
De
fanicos a 28 de Março de 2008 às 18:50
"Os sacrificios que temos que fazer pela Pátria!!! "
Qual Pátria???
Commonsense votou sempre, até já votou em branco, mas nunca deixa de votar. Não custa nada. O Voto branco também é voto e tem o seu sgnificado político. A abstenção também tem significado político, quando é uma abstenção activa, mas pode ser confundida com a abstenção passiva que tanto pode significar pregiça, como marginalidade, como doença ou impedimento.
Commonsense receia que o afastamento dos partidos em relação à população e o seu fechamento sobre si próprios conduza a uma grande abstenção. Mas não o deseja nem o pratica.
Desculpem as gralhas.
Fanicos: isso é mau génio! Quanto ao tratado europeu, estamos ao contrário: eu preferia a Constituição, Fanicos a soberania à antiga. Mas não votar é dar mais força aos péssimos. Quando todos os que prestam tiverem deixado de votar, o péssimos desatam a rir à gargalhada ... e passam a fazer, então sim, tudo o que quiserem.
Cruzes canhoto!!!
De
fanicos a 29 de Março de 2008 às 17:18
Commonsense preferia a "Copnstituição" - está no seu direito.
Eu preferia a soberania à antiga - estou no meu direito.
Porque será que tiveram medo de nos deixar escolher ?
De
fanicos a 29 de Março de 2008 às 17:44
Desculpem também as gralhas (por pouco escrevia "Constipação")
Mas vamos aos "péssimos": péssimos já são todos os que lá estão; péssimos já são todos os partidos que temos; também já estão todos a rir (de nós) à gargalhada, e já fazem tudo aquilo que querem.
Eu só votaria se aparecesse algum movimento de independentes, que representasse todos os descontentes. E ainda era preciso que, à cabeça desse movimento, estivesse alguém que me desse as mínimas garantias. De Liberdade, por exemplo.
E não vou repetir a frase já estafada: "foi para isto que fizeram o 25 A?" :(
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