O maior défice do País não é financeiro, nem é democrático, talvez seja neuronal, mas é concerteza de senso comum
Sexta-feira, 17 de Março de 2006
Um ano inteiro

Já está a governar há um ano.

Convenceu os Portugueses de que já não é possível continuar como antes e que é urgente reformar. Não foi mau.

Começou a fazer alguma coisa nas reformas: uniformização dos sistemas de pensões, limitações dos privilégios dos políticos. Foi bom.

Anunciou o que ia fazer, o que iria acontecer, sem que fizesse nem acontecesse. Foi mauzinho.

Deixou-se tentar pela vertigem das grandes obras, sem pensar no seu custo nem na sua utilidade específica. Foi mau.

Abriu um conflito desnecessário com as magistraturas, como que em retaliação pela acusação de amigos num processo porquíssimo. Foi muito mau.

Nomeou boys and girls, sem limite e sem critério, para todos os lados, sem competências adequadas - sobretudo com incompetências escandalosas. Foi péssimo.

Vai continuar a governar, mas agora vai ter de fazer.

Vai ter de reduzir em trinta ou quarenta por cento o número de funcionários públicos. E como é que o vai fazer?

Vai ter de reduzir o défice orçamental e o défice comercial. E como é que o vai fazer?

Vai ter que repor a economia em andamento, atrair investimento, criar emprego. E como é que o vai fazer?

Vai ter de enfrentar a insegurança e a violência urbanas, a criminalidade organizada, desbloquear os Tribunais. E como é que o vai fazer?

Ninguém sabe.


tags: ,

publicado por commonsense às 23:36
link do post | comentar | favorito

blogs SAPO
mais sobre mim
subscrever feeds
links
pesquisar
 
posts recentes

de volta para o Blogger

o bastonário

broken windows

inocência

o bastonário

o regular funcionamento d...

Sócrates tem mesmo de ser...

bloco central revisited

o bairro da bela vista

um só Deus para tanta gen...

isto é uma vergonha (8) a...

SAP - sociedades anónimas...

a Chrysler faliu

viragem de rumo na Islând...

o Diário de Notícias e o ...

europeias 4 - o debate na...

the fool on the hill

europeias 3

combustíveis, concorrênci...

Vincent van Gogh

cego, surdo e mudo

sem eira nem beira

europeias 2

nem às paredes confesso.....

isto é uma vergonha (7) a...

candura

a sida, o comportamento s...

o bastoneiro da desordem

isto é uma vergonha (6) o...

Jennifer Junniper (Donova...

a saga do provedor

pinho & lino

o relatório Larosière

é preciso não perceber na...

madoff

consciência da impunidade

Portugal novo

já não era sem tempo

ó patego olh'ó balão

a cimeira europeia

tu quoque

isto é uma vergonha (5) "...

lá e cá, a Máfia

anomia

supervizinha

isto é uma vergonha (4) V...

invasão dos bárbaros

accionistas masoquistas

yes we can!

isto é uma vergonha (3) F...

arquivos

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

Março 2007

Fevereiro 2007

Janeiro 2007

Dezembro 2006

Novembro 2006

Outubro 2006

Setembro 2006

Agosto 2006

Julho 2006

Junho 2006

Maio 2006

Abril 2006

Março 2006

Fevereiro 2006

Janeiro 2006

Dezembro 2005

Novembro 2005

Agosto 2005

Junho 2005

Maio 2005

tags

aborto baby-killers

american soft power

baby killers

baby killers 4

berlusconi

burocracia

casa pia

crianças

crianças; casa pia

crise

cultura

dinheiro

economia

esperança; política; desporto

ética

europa

freeport

fumar

guerra

islão

justiça

kosovo

natal

negócios

nuclear

ota

país

paz

pinho&lino

política

ps

psd

religião

renditions

saúde

sida

sixties

sociedade

socretinos

tabaco

universidade

todas as tags

subscrever feeds