Em 1975, o gonçalvismo foi um excesso tresloucado de esquerdismo, com total afastamento da realidade, que foi necessário expurgar e meter na ordem com mão firme.
Hoje, o gonçalvismo é um excesso de tresloucado de dinheirismo, com total fastamento da realidade, que vai ser necessário expurgar e meter na ordem com mão firme.
Ambos desprezaram a legalidade, passaram-lhe por cima e ao lado, fizeram tudo o que é proibido.
Ambos agiram enlouquecidos, em 1975, pela revolução; agora, pelo dinheiro. Em 1975, por Vasco Gonçalves; agora, por Jardim Gonçalves.
São tão perigosos um como o outro.
O primeiro foi permitido pela fraqueza da Democracia, que não sabia responder, mas acabou por fazê-lo.
O actual foi permitido por um fenómeno conhecido que se chama "a captura do supervisor pelo supervisionado". Nem Constâncio nem o Banco de Portugal souberam ou quiseram controlar o BCP. Só tarde e más horas intervieram.
Mas não basta recusar o reconhecimento da idoneidade aos administradores do BCP: é preciso responsabilizar também exemplarmente aqueles que, no Banco de Portugal, permitiram que tudo isto se passase, por negligência, por incompetência, por ... , e declarar também a sua inidoneidade para continuarem no exercício de funções de supervisão bancária.
Porque será que Portugal está condenado a oscilar entre o gonçavismo da revolução e o gonçalvismo do dinheiro. Algum dia Portugal há-de ser adulto.
Constâncio não pode continuar com o seu ar de vestal, como se não fosse nada com ele.
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