O maior défice do País não é financeiro, nem é democrático, talvez seja neuronal, mas é concerteza de senso comum
Domingo, 4 de Fevereiro de 2007
Correia de Campos vs. Hipócrates
A última de correia de campos: quer alterar o Juramento da Hipócrates de modo a impedir os médicos de usarem da objecção de consciência perante o aborto. Assim, segundo a vontade de correia de campos, um médico que invoque a objecção de consciência para recusar o aborto já pode ser demitido.
Mas Hipócrates já muitas vezes foi contrariado e saíu sempre vencedor. Mais cedo ou mais tarde. Por vezes, tarde.
Na Alemanha, entre 1933 e 1945, também o governo de então se sentiu legitimado para fazer a mesma coisa: obrigar os médicos a fazer coisas monstruosas. E fê-las. Tinha - pensa-se - a população do seu lado, mas ninguém fez um referendo. Se tivesse havido um referendo na Alemanha, entre 1933 e 1945, possívelmente teria sido aprovada a interrupção de tantas vidas e de tantas coisas.
A Ordem dos Médicos disse NÃO a correia de campos. Mostrou que tem carácter, que tem espinha dorsal, que tem moral.
De acordo. Tenho ouvido com algria, médicos directores clínicos, a dizerem na TV, frontalmente, que, nas suas clinicas, não haverá lugar ao aborto. Corajosos, perante uma conjectura pouco favorável.
De Sou incorrecto mas não sou cinico a 11 de Fevereiro de 2007 às 13:02
Admiro as suas posições e concordo 100% com elas. Acho que deve ser uma pessoa inteligente e talvez consiga esclarecer uma duvida, extremamente politicamente incorrecta, que tenho:
Como podem ser tão duramente críticos com os traficantes e donos de escravos, até ao século 18, os que agora defendem a liberalização do aborto?
Que eu saiba grande parte do sustento das economia baseava-se no trabalho de mão de obra intensiva. Quem quisesse tirar “prazer” e bem estar desse negócio não podia, como é lógico, ser ele a fazê-lo pois, duro como era, ou se tinha “prazer” ou se tinha uma vida dura com riscos de exaustão que poderiam ir até à morte.
Para quê incorrer numa situação destas se a lei permitia que se recorresse a “mercadoria” abundante e barata. As pessoas esquecem-se que os escravos negros dessa altura não eram considerados vida mas sim mercadoria?
O que eu vejo hoje em dia é, para mim, em tudo igual. Eu quero ter prazer e viver a vida sem restrições. A lei vai dizer que um feto com 10 semanas não é vida (e em certa ocasiões até já está a ser considerado mercadoria) logo é correcto eu tomar partido dessa situação.
Eu não vejo diferenças nas duas maneira de pensar mas não consigo deixar de me revoltar com o cinismo que é condenar a 1ª e não condenar a 2ª, com a estupidez que é não aprender com os erros que se cometeram no passado e com a “cara de pau” com que se afirmam publicamente tais contradições, ainda haja pessoas a aplaudir e pior ainda haja pessoas que consideram inteligentíssimas quer quem toma estas posições quer quem aplaude.
Para mim são todos iguais ou será que não?
Os partidários do SIM consideram-se, cada um, acima de tudo e de todos, até dos própios filhos, ao ponto de os matarem antes de os verem. É uma aberração.
De Dona Redonda a 7 de Março de 2007 às 16:23
Não contentes com ter ganho o referendo, naquele "abortado" (porque não chega ao fim) mês de Fevereiro, os "sins" preparam-se para impedir os médicos objectores de consciência de participar na consulta prévia a que as mulheres que querem abortar se vão ter que submeter.
Parece que estes médicos - que ainda seguem o juramento que fizeram, de salvar vidas - vão obrigatóriamente ter que declarar, por escrito, que continuam a observar o juramento que fizeram !!!
E, deste modo, ficam impedidos de prestar aconselhamento a essas "pobres mulheres".
VIVA A LIBERDADE !
ABAIXO A OPRESÃO !
Vejamos onde é que isto irá parar... Agora, que estão a ficar nervosos, vão começar a ficar autoritários e repressivos. É a força dos fracos... de quem não tem razão.
De portuguesinha a 27 de Março de 2007 às 11:38
Se o Herodes Correia de Campos tivesse sido abortado não andava para aí a querer obrigar os médicos a matar inocentes! Mas o que é que se há-de fazer com a escumalha de nazis que estão no (des)governo?
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