É inquietante esta evolução do sistema português de justiça criminal.
Quando se trata de pessoas comuns funciona, melhor ou pior. Mas sempre que afecta pessoas importantes, o sistema deixa de funcionar. Assim sucedeu no caso de Camarate, no do fax de Macau, no processo de pedofilia de Cascais, no processo dos submarinos, no caso Portucale, na operação furacão, no caso BCP e noutros que não sei ou que não me ocorrem agora.
O caso Freeport, também foi abafado até que a justiça inglesa se interessou por ele. Aí foi o pânico. Usou-se tudo o que esteve à mão, desde juristas complacentes até os ministros do costume, desde da candura da directora do DCIAP, até ao Procurador-Geral da República.
Mas agora, a manobra não está a resultar. Sócrates e os socretinos falaram antes de tempo e foram desmentidos pelos factos. Não sabem o que é que a polícia inglesa sabe, nem o que se virá a saber. Vitimizam-se, acusam cabalas e outras estupidezes.
Das declarações da directora do DCIAP e do Procurador-Geral da República parece poder concluir-se que o inquérito português será arquivado. Porém, a justiça inglesa não parece disposta a parar e o mais natural é que o caso seja arquivado em Portugal, mas prossiga até julgamento em Londres.
E aí, pode ser que alguém seja condenado por ter subornado Sócrates...
O blog commonsense original, no sapo, renasceu. Os sempre prestáveis e muito competentes assistentes conseguiram finalmente, não sem grande esforço trabalho, remover e corrigir o bug que impedia o login
Commonsense exprime publicamente o seu agradecimento.
Agradece também a hospitalidade ao blogger, onde commensense foi entretanto asilar.
Commonsense regressa a casa – ao http://commonsense.blogs.sapo.pt– trazendo todos os posto entretanto colocado no blogger, com as respectivas imagens, vídeos e comentários.
Esta história do Freeport já me tinha cheirado a esturro.
Agora, com a polícia inglesa à procura do subornador, fica(m) o(s) subornado(s) em muito piores lençóis. É que não vai ser fácil abafar a coisa. Continuemos a seguir com atenção...
Mas agora há uma nova dimensão. O que se passa é uma vergonha para Portugal, para os Portugueses e para a justiça portuguesa que só se (re)lembrou do processo quando os ingleses se meteram.
A maior parte das coisas costuma ter nome. Este nome serve para as designar e para as identificar, impedindo que sejam confundidas com outras.
Mas o nome que se dá a uma coisa não determina nem muda a sua natureza, o seu ser.
Assim, se chamarmos esfera a um cubo ela não deixa de ser cubo; se chamarmos cão a um gato ele não passa a ladrar; se chamarmos vento à terra, ela não passa a soprar.
Isto vem a propósito da pretensão de chamar casamento à união homossexual: não é por se lhe dar esse nome que passa a ser um casamento: continuará a ser o que é.
Esta é uma falsificação socretina. As coisas são o que são, sejam quais forem os nomes que lhes chamem, e não mudam de natureza com a mudança de nome.
Também o nosso Sócrates, por lhe chamarem Sócrates, não passou a ser sábio, nem filósofo, nem a saber que nada sabe.
Esta ideia socretina de chamar casamento à união homossexual poderá render votos à esquerda, mas irá aprofundar o fosso que já tinha sido cavado com o aborto. Em vez de unir os portugueses divide-os, em vez de concórdia trás divergência.
Isto vem de uma estratégia socretina de dividir a direita em duas: a direita dos valores e a direita dos interesses. Comprar a direita dos interesses com obras públicas e castigar a direita dos valores com um ataque serrado aos valores tradicionais. Simultaneamente, seduzir a esquerda com o aborto, uniões homossexuais e o que mais aí vier.
Segundo notícia avançada pelo Público, Armando Vara foi promovido pela CGD ao escalão máximo de vencimento, já depois de ter abandonado a instituição para ingressar na administração do BCP.
A propósito, ocorre-me recordar que o pudor é a última homenagem que o vício presta à virtude.
Quem vê os telejornais fica com a ideia de um pobre povo palestiniano a ser massacrado por um agressor implacável, sem sensibilidade, sem dó nem piedade. A comunidade internacional aprova deliberações no Conselho de Segurança da ONU a "apelar" a um cessar fogo imediato, para evitar uma crise humanitária.
Mas a verdade não é essa. Quem atacou, quem atirou a primeira pedra, nesta crise foi o Hamas palestiniano. E continua a lançar mísseis contra a população civil israelita, indiscriminadamente. Não os dispara contra o exército israelita, mas sim contra os civis. Mistura-se com os civis palestinianos que usa como escudos humanos. Cada criança palestiniana ferida ou morta é um triunfo político para o Hamas.
Quem é que viola as leis da guerra? Israel tenta - ao menos tenta - não atingir populações civis; o Hamas que visa deliberadamente os atingir os civis. Israel é um Estado Soberano que cumpre a sua obrigação de defender a sua população civil contra os mísseis do Hamas, e que tem - em Direito Internacional - o direito de auto-defesa, de se defender desses mísseis. O Hamas, por sua vez, não é um Estado Soberano, é um movimento terrorista, de cujos princípios consta a expressamente - e não o esconde - a destruição do Estado de Israel.
Esta trégua é necessária ao Hamas para se reabastecer, agora que a zona norte foi cortada da zona sul da Faixa de Gaza. Toda agente sabe isto, e é pura hipocrisia pedir a Israel que permita o reabastecimento do Hamas em armas e mísseis.
Israel saíu da península do Sinai, saíu do sul do Líbano, saíu da Faixa de Gaza, sempre com a garantia formal da comunidade internacional do seu direito à existência. Mas não adianta fazer concessões em troca do direito à existência, porque nada é respeitado pelos terroristas do Hamas. Não vão parar enquanto tiverem uma arma na mão. Toda a gente sabe isto.
Toda a gente sabe também que o Hamas é controlado pelo Irão, tal como o Hisbolah, e fará tudo para sabotar os planos de paz que forem acordados com os Estado Árabes moderados.
Toda a gente sabe - e sabe bem - que as hostilidades terão fim quando o Hamas parar de mandar mísseis contra as populações civis israelitas. Então deixará de haver civis mortos e feridos, deixará de haver crise humanitária.
Francamente, não consegui ver até ao fim a entrevista do nosso Primeiro Ministro. Enjoa-me a propaganda do costume, comprida demais, sem novidades, sem credibilidade, enfim, lixo eleitoral. O pior é que, pouco tempo depois, veio o Banco de Portugal desmentir tudo o que tinha sido dito e os comentadores respeitáveis acabaram por massacrar o que restava do toda aquela demagogia boçal. A melhor foi a afirmação de que o Governo ajudaria a não falir todas as empresas que pudesse. E fiquei a pensar: quais empresas? as dos amigos, as dos banqueiros, as dos construtores? e com que dinheiro? Este Socrates continua a piorar, a piorar, de mal a pior.
Primeiro foi o commonsense que deixou de ter acesso ao login, o que impede a colocação de posts e, em geral, a gestão do blog, incluindo as mensagens que lá forem parar.
Agora são mais dois blogs amigos (não identifico para não lhes criar vulnerabilidades) que não conseguem postar.
Commonsense queixou-se, primeiro, à assistência técnica telefónica e, depois, a info@blogs.sapo.pt. Teve resposta: estão a tentar. Mas o problema já dura desde antes do Natal e nada...
Por aqui, começa a reinar a depressão. As perspectivas económicas são muito preocupantes. O Presidente disse-o com clareza e advertiu contra as ilusões e os investimentos mal gastos. É preciso ganhar competitividade e exportar. É vital.
Joaquim Aguiar, no comentário que fez, referindo-se ao papel de enquadramento político dos partidos, alertou para o perigo de os pastores perderem os rebanhos. Este perigo é já em parte realidade. Cada vez menos gente respeita e se reconhece em partidos políticos. Outros alertaram para o aumento violento do desemprego e para as convulsões sociais que daí podem advir.
Em simultâneo chegam-nos notícias de falta de seriedade e de carácter de parte de pessoas que ocupam posições de poder, seja na política, seja nas empresas.