A Igreja dos Mártires, no Chiado, foi onde se rezou a primeira missa depois da reconquista de Lisboa aos mouros. Foi reconstruída depois do terramoto e é uma obra prima de arte do século XVIII. Foi recentemente restaurada durante mais de um ano em que ficou fechada.
Quando ficou pronta foi inaugurada pelo Cardeal Patriarca e houve muita satisfação.
Porém, demorou mais uns dias a tirar o último tapume na rua ao lado do que a licença permitia e foi multada pelo Câmara. O Prior dos Mártires fez uma exposição ao Presidente da Câmara e, passados quase três anos, no dia 23 de Dezembro, o Dr. António Costa mandou-lhe um presente para o sapatinho: multa de 2.500 euros, mais custas, para pagar ou executar.
No dia de Natal, Commonsense foi à missa aos Mártires. Commonsense é natural da freguesia dos Mártires e foi baptisado na Igreja dos Mártires. Não ia lá há muito tempo. Maravilhou-se com a qualidade do restauro e com a beleza da Igreja. No fim, o Prior dos Mártires, antes do ita missa est, pediu mais uma esmola: para pagar esta multa. Commonsense entregou tudo o que tinha na carteira. Os outros entregaram o que entenderam.
Mas é preciso mais dinheiro. Commonsense faz um apelo a todos os bloguistas de boa vontade: dêm uma esmola à Igreja dos Mártires, para ajudar a pagar a multa.
Commonsense está revoltado. Numa terra onde nunca ninguém é condenado, seja banqueiro, autarca, clube de futebol, pedófilo ou assassino, foi a Igreja dos Mártires a ser fulminada com poder repressivo do autarca socialista.
Depois de S. Vicente e de S. Bartolomeu dos Mártires, é a própria Igreja a sofrer perseguição
Foi fundada uma associação cívica com um nome consagrado por Fernando Pessoa:
com o fim de «promover a ligação da Cidade de Lisboa e dos Lisboetas com o Rio Tejo, a sua beneficiação e desenvolvimento futuro, requalificação e defesa contra agressões urbanísticas, industriais, empresariais ou outras».
Commonsense faz parte, está profundamente envolvido, e pede a todos o bloguistas de boa vontade que adiram a esta nobre causa e divulguem o mais que puderem, para que não seja destruída a zona ribeirinha, sacrificada no altar da ganância, da incivilidade, da incultura, enfim... daquilo que de pior existe em Portugal: o culto abjecto do Bezerro de Ouro.
Commonsense acaba de receber na sua caixa de correio (postal) uma «carta aberta à população de Lisboa», da autoria da Liscont, em que defende as suas teses sobre o terminal de contentores de Alcântara.
Commonsense não pode ter certezas em matéria que não conhece em detalhe, mas não deixa de ter convicções.
Commonsense sabe que não há almoços grátis e, mais ainda, que não há banquetes grátis.
Ora, Commonsense tem a convicção de que este negócio da Liscont é um banquete, tem a convicção de que este banquete não é grátis e que foi ou virá a ser pago por alguém a alguém.
Mas, para que não fique no campo incerto das convicções, Commonsense sente-se no direito de dirigir algumas perguntas à Liscont, já que esta se sentiu no direito de dirigir uma carta aberta a Commonsense:
1ª Commonsense quer saber qual o teor de todas as sucessivas versões do contrato de concessão do terminal de contentores de Alcântara e quer que a Liscont lhes dê publicidade.
2ª Commonsense quer saber qual o teor de todos os diplomas legais especificamente promulgados sobre esta concessão e quer que a Liscont lhe dê publicidade.
3ª Commonsense quer saber quem são todos os accionistas da Liscont, da Tertir, da Mota-Engil e quais as ligações que o socialista Jorge Coelho tem a ver com esta prorrogação da concessão e quer que a Liscont lhes dê publicidade.
4ª Commonsense quer saber quais foram os escritórios de advocacia que intervieram nesta alteração do regime da concessão, no estudo e preparação de minutas do Decreto-Lei e na modificação do contrato de concessão e quer que a Liscont lhes dê publicidade.
5º Commonsense quer saber quais são os contributos directos e indirectos do Grupo Mota-Engil para o Partido Socialista e quais as quantias pagas a membros deste Partido e a empresas que lhes estejam ligadas a título de honorários, consultoria, prestação de serviços ou outros e quer que a Liscont lhes dê publicidade.
Commonsense tem a convicção de que não vai obter resposta a qualquer destas perguntas e, na falta de respostas, vai ficar com a convicção de que este assunto foi efectivamente um banquete e que esse banquete não foi grátis.
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