De 2003 a 2008 o desemprego duplicou, de 200 mil para 400 mil.
Porque será, pergunto eu, que o emagrecimento das empresas há-de ser feito em todo lado pelo despedimento, em vez de o ser pela redução de outras despesas ou pela alienação de activos não estratégicos ou fora do core business.
Toda a gente sabe que, em número redondos, cada desempregado a mais resulta em 3 ou 4 consumidores a menos. Isto porque coloca em consumo mínimo toda a família do desempregado. Ninguém mais naquele agregado familiar viaja, vai ao cinema, janta fora, troca de carro, renova o computador pessoal, etc., etc.
Isto significa que só isoladamente a redução dos custos laborais poderia melhorar o desempenho da empresas. Se a prática for generalizada, como está a ser, acaba por ter efeitos perversos, por reduzir dramaticamente a procura e o consumo privado, e agravar as dificuldades das empresas em vez de as reduzir. Acaba por profundar a crise.
No entanto, como cada empresa só pensa no seu próprio dia a dia e ninguém tem uma visão de conjunto e de médio/longo prazo, as coisas estão cada vez piores. E vão continuar a piorar. É o desemprego auto-sustentado, é a recessão auto-sustentada.
Será que eu estou a ver mal?
Há um primeiro-ministro que mente,
Mente de corpo e alma, completa/mente.
E mente de maneira tão pungente
que a gente acha que ele, mente sincera/mente,
mas que mente, sobretudo, impune/mente ...
Indecente/mente.
E mente tão nacional/mente,
que acha que mentindo história afora,
nos vai enganar eterna/mente.
Ontem houve mais uma manifestação de professores em Lisboa. Se bem me pareceu, ainda foi maior que a anterior. E a ministra continuou a desvalorizar a reacção dos professores.
A ministra não tem uma ideia na cabeça: tem a mona vazia. Não entende que o ensino não pode melhorar, nem sequer funcionar decentemente, com a imensa maioria dos professores neste estado de espírito; que o ensino não pode funcionar sem os professores e muito menos contra os professores.
A ministra ainda não se apercebeu de que os melhores alunos que entram na universidade vêem do ensino particular, que o ensino do seu ministério é uma lástima.
A ministra não sabe - nem sonha - que o que tem que ser avaliado não são os professores, são as escolas. Devia, ao menos, perguntar como é que se faz nos outros países.
A ministra é que tem que ser avaliada.
Mas o mal é também do ministério. Ocupado pelos gonçalvistas desde 1974/75, nunca mais se curou. Hoje, já não tem cura. Se eu mandasse, era tranferido para a Expo, instalado ao lado do oceanário, e podia ser visitado com o mesmo bilhete. Quem lá está, lá continuaria, a fazer as mesmas coisas, isto é, nada de geito. Mas já não mandariam nem estragariam. Em seu lugar seria criado um novo: o Ministério da Instrução, que trataria de redignificar os professores, de lhes dar autoridade, de reabilitar as escolas, de restaurar a disciplina e o ensino. Com rigor, com autoridade, com disciplina, com qualidade de ensino, os jovens seriam preparados para a vida, como cidadãos, como profissionais, como pessoas.
No velho ministério haveria excursões, até vindas do estrangeiro, onde se poderia ver o que não se deve fazer. Lá estaria a Mona Vazia, sentada no seu gabinete. Penso que não daria por nada e nem se aperceberia da mudança. Para castigo, estaria todo o dia a ser avaliada, a prencher impressos e gráficos de avaliação... que seriam enviados directamente para a reciclagem.
Amen.
Na Califórnia, conjuntamente com a eleição presidencial, foi votado um referendo contra o casamento homossexual. Tinha havido uma decisão do tribunal supremo da Califórnia em que o casamento homossexual havia sido reconhecido, mas este referendo acabou com ele.
Na Inglaterra, ao contrário do que se diz, também não é admitido o casamento homossexual: Ingleses são pragmáticos e, em vez disso, instituíram a civil partnership, que é uma associação civil entre pessoas, que resolve todos os os problemas pessoais e patrimoniais suscitados pela coabitação e pela economia comum.
É preciso não confundir coisas diferentes. Uma união homossexual não é um casamento. Mas existem uniões homossexuais e essas precisam de um regime jurídico que lhes resolva os problemas, designadamente de economia comum e da sua cessação, que vão surgindo. Para isso deveria instituir-se uma «união civil» como a inglesa.
Lá vem pelo avelar
O filho do Zé João
Vem do centro escolar
Cansado de palmilhar
A caminho da povoação
Não há médico na aldeia
E a antiga escola fechou
Não tem carne para a ceia
Nem petróleo para a candeia
Porque o dinheiro acabou
O seu pai foi para França
Trabalhar na construção
E a mãe desta criança
Trabalha na vizinhança
Lavando pratos e chão
Mas o puto vem contente
Com o Migalhães na mão
E passa por toda a gente
Em alegria aparente
De quem já sabe a lição
Um senhor muito invulgar
Que chegou com mais senhores
Veio para visitar
O novo centro escolar
E dar os computadores
E lá vem o Joãozinho
No seu contínuo vaivém
Calcorreando o caminho
Desesperando sozinho
À espera da sua mãe
Neste país de papões
A troco de dois vinténs
Agravam-se as disfunções
O rico ganha milhões
E o pobre, Migalhães!
Courtesy of Sítio da Cuca
Commonsense não votou nem em Obama nem em McCain. Também não se absteve porque não é americano e não vota ali. Fica a ver o que dali sairá, consciente que não coincidirá necessariamente com o dito na campanha. Uma coisa é certa: Obama vai prosseguir o que entender ser o "best interest" dos EUA e isso não concidirá provavelmente com o interesse da Europa.
Commonsense teria exactamente a mesma atitude se tivesse ganho McCain.
Não há pior do que deitar foguetes antes de tempo. Dá azar.
Lá foi o BPN. Já se esperava há muito tempo. Ninguém ficou admirado.
Commonsense só pergunta como é que foi possível que este Banco tivesse chegado a ser autorizado pelo Banco de Portugal.
E pergunta: francamente, o que é que andou a fazer a supervisão do Banco de Portugal, e por quanto mais tempo vai Constâncio continuar a assobiar para o lado como se não fosse nada consigo.
Os responsáveis do BPN têm de ser chamados à pedra, mas os da supervisão do Banco de Portugal também. Esta permanente e persistente irresponsabilidade, da qual a culpa sai sempre solteira, não é boa para a respeitabilidade das instituições e do país.
Commonsense foi simpaticamento contemplado pelo Jorge Assunção do Despertar da Mente com o prémio DARDOS.
Este prémio obriga a:
1. Exibir a imagem distintiva
2. Linkar o blogue pelo qual recebi o prémio
3. Encontar outros 15 blogues a quem entregar o prémio
A imagem aqui está. O link já cá estava e volto a inseri-lo.
Os outros quinze blogs a quem lanço os dardos são os seguintes (and the winners are....):
Primeiro, blogs náuticos da minha predilecção: milhas náuticas , blue moon I e atlântico azul
Em seguida, induzido pelas magníficas fotografias dos anteriores, um blog de fotografia genial: solar nature
E agora, dez blogs de intervenção cívica, começando com três femininos (ladies first):
padeira de ajubarrota, Comadres,Compadres & Companhia e Miss Pearls ; o mal de Portugal chama-se socialismo, o insurgente, blasfémias, barão da tróia,
do portugal profundo, touaqui42, grande loja do queijo limiano
e finalmente, em tempo de aflição económica, Helena Garrido no visto da economia.
Aqui fica cumprida a tarefa. Commonsense gosta destes blogs. É exclusivamente sua a responsabilidade da escolha.
Os meus blogs no blogger
Blogs dos outros
comadres, compadres & companhia
o mal de portugal cham-se socialismo