É de gangster o se passou com o Miguel Sousa Tavares à saída da sessão pública da CML. A Liscont mandou os seus matulões ameaçar, insultar, intimidar. E, depois, com uma ar de candura, o presidente da Liscont disse ao telejornal que não concordava mas compreendia...
Esta história está cada vez mais feia !
O mais grave custo da corrupção não é o do dinheiro apropriado pelo corrupto,
é o das escolhas desatrosas decorrentes da corrupção.
Economicamente falando, a inteligência não é um bem raro.
Nunca ninguém se queixa de falta dela.
Abençoado Mário Crespo. Trouxe à televisão um homenzinho que representava os operadores do Porto de Lisboa (será que era mesmo isto?) para explicar o que se passa com a chamada expansão do terminal de contentores de Alcântara. O homenzinho foi patético! gaguejou, atrapalhou-se, não se conseguiu explicar, sob um olhar meio gozão e meio complacente do Mário Crespo. Ficámos a saber - se é que não sabíamos já - que justificação não há nenhuma para aquilo, mas explicação há: é mais dinheiro a ganahr para a Mota-Engil pela batuta milagrosa do Jorge Coelho. Já há algum tempo commonsense tinha chamado a atenção para este senhor no post «o coelho na cartola».
Ficou sem se saber porque é que não apareceu alguém mesmo do Porto de Lisboa, da Mota-Engil, ou do Ministério (dos Empreiteiros) de Obras Públicas. Mandaram um homenzinho fazer o frete (e, verdade, verdade, fretes é ali...). Quizeram ser espertos, puzeram ali alguém que não os responsabilizava e que, por isso, não os comprometia. É bom de ver, porém, que um dos "operadores do Porto de Lisboa" é a própria Liscont... Será que ele era dali, ou foi pescado na grua dos contentores?
Mas fizeram mal. Ainda ficaram mais comprometidos ao virarem as costas. Deviam ter vindo explicar aquilo que ninguém compreende, para que todos não compreendam aquilo que ninguém explica. A frase é hiperbólica, mas toda a gente a percebe: se não vêm os autores da proeza explicar que aquilo é sério, toda a gente vai ficar com a certeza de que não é (sério).
Commonsense vai ficar atento. Há lodo no cais.
O Porto de Lisboa e o Ministro das Obras Públicas (Mário Lino) prorrogaram por Decreto-Lei e sem concurso público a concessão do terminal de contentores da Rocha do Conde de Óbidos, em frente ao Museu de Arte Antiga, no sítio da Doca de Alcântara, também chamada Doca do Espanhol.
Já é um escândalo a prorrogação da concessão sem concurso público, mais ainda maior escândalo são as condições da nova concessão:
- coloca um muro de contentores entre a cidade e o rio, com altura de cinco contentores;
- alarga a zona de cais e destrói a Gare Marítima de Alcântara e, com ela, os frescos do Almada Negreiros;
- constrói um caminho de ferro em plano inferior até ao fim do cais o que implica a destruição com explosivos do maciço rochoso (rocha do Conde de Óbidos) o que põe em perigo a estabilidade da colina fronteira, onde estão o Museu de Arte Antiga, o Palácio da Cruz Vermelha e um das zonas históricas mais ricas de Lisboa.
Sobre isto importa ler o que Miguel Sousa Tavares escreveu no último Expresso.
Além da selvajaria que tudo isto representa, da ganância que tudo isto move, há um cheiro nauseabundo a desonestidade, por detrás de tudo isto.
É peciso criar um movimento de opinião que impeça este crime.
Só abaixo do equador é que há coisas destas. Sem concurso.
Pelo que pude ver na televisão o novo orçamente assenta (entre outras) em dois vectores: crescimento do PIB em 0,6% e inflação de 2,5%.
São os dois falsos, toda a gente sabe que são e ninguém acredita neles.
Na política, a mentira resulta; mas na economia, não.
That's junk, junk, junk.... worst: that's a subprime budget!
Estávamos todos habituados ao ar superior com que os empresários tratavam os políticos.
Só eles, os empresários, sabiam o que faziam na economia. Quanto menos os políticos lhe tocassem, melhor. Só eles, os empresários, o mercado auto-regulado e a "mão invisível".
Afinal, os empresários (principalmente os banqueiros) atiraram a economia ao chão, atrapalharam-se, entraram em pânico, não sabiam o que fazer, pareciam umas moscas tontas...
E acabaram por ter de ser os políticos (com Gordon Brown e Sarkozy à frente) que, numa penada, repuzeram as coisas no seu lugar.
Duas lições:
Já acabou a fase de produção de prova no processo principal no processo Casa Pia.
As alegações orais, do Ministério Público, dos advoagdos dos assisentes (vítimas) e dos réus vão começar, em princípio, no próximo dia 17 de Outubro.
Deve haver sentença antes do fim no ano.
Agora é o reconhecimento do Kosovo. Além de ser contra o Direito Internacional (o que, em si, não me aflige muito) o reconhecimento da independência do Kosovo jamais virá a ser aceite pelas Nações Unidas, o que o torna inútil e ridículo.
Era uma das pouca coisas em que Portugal tinha uma posição independente, por óbvia influência do Presidente da República.
Mas não durou muito tempo. Condoleza passou por aqui, puxou a orelha de alguém, e lá vem pressuroso o Governo anunciar o reconhecimento. Com tal cocorismo, Portugal assume-se como uma ilha das Caraíbas. E o Amado como um Secretário de Estado. Para quê ter um Ministro dos Negócios Estrangeiros, quando a política externa é ditada por outros e por interesses de outros?
O pior é que o Kosovo não existe, a não ser como suporte territorial da máfia e como entreposto de tráfico de heroína e mulheres. É esta a sua única actividade económica. É isto que “eles” vão reconhecer.
Commonsense recusa-se a reconhecer o Kosovo.
No fim da Segunda Guerra, firmou-se o princípio da estabilidade das fronteiras. Podiam estar erradas, e muitas estavam mesmo, mas corrigi-las implicava uma sangueira. E assim se viveu por longo tempo. Depois foi o “nonsense”. Começou com a Eslovénia, passou pelo Kosovo e já vai na Abkazia e na Ossétia do Sul. Abriu-se a caixa de Pandora.
O argumento é sempre o mesmo: as minorias étnicas que, ali, naquele pedaço de terra, são maiorias étnicas.
Além de ser inerentemente racista, o argumento é de uma enorme perigosidade. Imaginem o que seria a independência do Algarve por pressão dos “etnic algarvians”?! Ou da Venda Nova, pelos “etnic sei-lá-o-quê”?
Nunca mais nenhum país vai estar descansado. Quando desagradar seriamente aos Estados Unidos, a CIA vai promover a independência de um seu pedaço qualquer onde seja possível autonomizar uns “etnic quaquer-coisa”. Se Portugal exigir que paguem renda nas Lages, ou que saiam dali, é de adivinhar um movimento de “etnic azoreans” a declarar a independência.
Se a estupidez valesse dinheiro, não havia défice no orçamento!
A Direcção Central de Combate ao Banditismo da Polícia Judiciária foi assaltada por bandidos.
A célebre DCCB, que era (justamente) reconhecida cá dentro e lá fora como um dos mais competentes e eficientes instrumentos de combate ao crime violento e organizado, acabou de ser humilhada publicamente ao ser assaltada por aqueles que devia perseguir.
Agora já não é a DCCB que ataca os criminosos, são eles que a atacam.
Isto não acontece por acaso. A política socialista persiste na demolição das polícias e dos tribunais. Em parte por retaliação, por vingança, do que a Judiciária e os Tribunais fizeram sofrer alguns socialistas em processos que são conhecidos; e em parte para os enfraquecer e desautorizar tão profundamente que nunca mais voltem a prender e a julgar socialistas.
Commonsense não se sente orgulhoso, sente-se mesmo com vergonha.
Oct. 1 (Bloomberg) -- Manufacturing in the U.S. contracted in September at the fastest pace since the last recession as sales slowed, signaling the credit crisis is spreading beyond Wall Street.
Ao contrário do que se diz em geral por aí, a crise não é só financeira. Começou por ser económica. O primeiro crash aconteceu na sequência da «bubble dot.com». Daí passou para a «housing bubble». Também a bolha imobiliária rebentou e, a consequente quebra dos preços dos imóveis deixou descobertas as operações financeiras que estavam garantidas por hipotecas. Estas operações, porém, tinham sido titularizadas em «asset-backed securities», isto é, em títulos garantidos por aquelas hipotecas. A baixa abrupta do valor dos imóveis fez quase desaparecer o valor destas «securities».
Não vale a pena continuar a descrição, que é longa e maçadora. Mas é importante não esquecer que o problema nunca foi apenas financeiro.
Há algo que não pode, também deixar de ser tido em conta: a gigante migração de fundos para fora do Estados Unidos. Começou com a fuga dos capitais árabes, na sequência da «war on terror», receosos de um eventual congelamento. Depois, foram as deslocalizações de indústrias que criaram desemprego nos Estados Unidos e emprego na Índia, na China, etc. Foi também o aumento brutal dos preços dos combustíveis. Tudo isto causou uma giantesca migração de fundos dos Estados Unidos para o resto do mundo.
Depois de tudo isto, não é de estranhar que falte dinheiro nos Estados Unidos. Ainda por cima com duas guerras que não podem deixar de custar caro.
Parece que o que está a suceder é, muito claramente, a falência da América.
Houve já um precedente quando a URSS faliu também por não ter dinheiro para aguentar a guerra fria, mais a corrida espacial, etc., etc.
Agora parece ser a América a falir.
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