O maior défice do País não é financeiro, nem é democrático, talvez seja neuronal, mas é concerteza de senso comum
Domingo, 28 de Setembro de 2008
The Great American Disaster

 

Nos últimos anos, toda a gente criticava a Europa porque tinha uma rede social e um sistema financeiro regulado.


Agora foi o que se viu. Na América, quem não tiver um seguro de saúde morre à porta do hospital, nem que seja com gripe, que ninguém a trata. Mas, pelo contrário, os "tax payers" vão desembolsar 700 mil milhões de dólares para salvar os bancos falidos.


Mas a coisa está feia. Toda a gente violou todas as regras: as regras de prudência nas operações financeiras foram deitadas fora por uma data de putos "youpies" malucos com brilhantina no cabelo e cocaína no nariz. Ao mesmo tempo, ninguém supervisou o que quer que fosse, para que não se visse que o rei ia nu. Tão nu como o “naked short selling”: uma prática “genial” em que uma pessoa vende na bolsa acções que não tem, mas que só tem que entregar mais tarde, e as quais vai depois comprar, mais tarde e mais baratas do que o o preço pelo qual as vendeu. Assim se ganha dinheiro nas baixas. São tão inteligentes, tão geniais estes “putos malucos”, que descobriram a pólvora e estoiraram com ela. (O "short selling" não "naked" é feito com acções “emprestadas” ou “alugadas” (até já há leasing de acções!!!) por investidores institucionais (fundos etc.) que ganham uns cobres pelo aluguer, enquanto os “locatários” as fazem descer para as recomprarem mais baratas e restituírem ao “locador”, ganhando fortunas.


O problema é que isto não são propriamente operações financeiras: são mais jogo e aposta. A roleta louca do “Wall Street Casino” em roda livre.


Para agravar, há anos que se mudou o sistema de contabilização na base do custo histórico de aquisição para o chamado “fair value”, também chamado “mark to market”, em que os activos “assets” são contabilizados pelo valor de mercado em vez de o serem pelo custo de aquisição. Enquanto tudo subiu especulativamente, as mais valias foram fantásticas e os bónus dos administradores também. Quando tudo começou a cair, foi o descalabro, com os activos a deixarem de cobrir os passivos. Qualquer semelhança entre o balanço e a realidade é pura coincidência.


E agora?


Agora, deita-se dinheiro em cima de tudo isto. Mas não é assim tão fácil. A injecção de 700 BIs ou mesmo de um TRI pode ser que não chegue, tal foi o desastre! E, pior ainda, essa injecção vai fazer cair o dólar pelo cano abaixo e não vai reconstituir a confiança no mercado. Qualquer banco, hoje, tem mais confiança na tabacaria da esquina do que no banco ao lado. Eles conhecem-se bem e sabem que não são de fiar. Ninguém confia em ninguém naquele mercado onde todos se conhecem bem demais.


Se Jesus viesse à terra em Wall Street e invadisse a Bolsa à frente de uma multidão de desempregados, espancando tudo e todos, seria preso, julgado, condenado à morte e executado.


Analogia bíblica!


Só um milagre vai poder salvar o sistema financeiro americano. Mas será que Jesus, depois de condenado à morte e executado ainda estará disposto a fazer esse milagre? A misericórdia divina é infinita, mas num caso como este há-de exigir o prévio arrependimento sincero, com a reparação do mal causado e a punição dos culpados. Só que é muito duvidoso que venha a haver arrependimento sincero e contrito com restituição das fortunas que se ganharam, reparação efectiva do mal causado com indemnização dos prejuízos, com compensação às famílias sem casa nem trabalho, e sobretudo com castigo dos culpados, isto é, prisão com confisco dos ganhos ilícitos.


That's it, the financial armagedon, the great american disaster!

 



publicado por commonsense às 13:36
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Segunda-feira, 22 de Setembro de 2008
o primeiro comando da capital

Conheço bastante o Brasil, conheço o Rio, e sei o que é o primeiro comando da capital.

Não será muita ingenuidade admitir que esta "estória" foi só brincadeira?

 

Com isto não quero dizer mal dos brasileiros em geral. Gosto do Brasil, gosto dos brasileiros.

 

Mas até para o bem deles... e, já agora, o nosso...

 

Aquela gentinha deve ir... SIMBORA!

 



publicado por commonsense às 21:40
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Domingo, 21 de Setembro de 2008
Made in China

Começou por ser um sucesso. Tudo mais barato e igual, quando não melhor do que o original. Desde os texteis, aos sapatos, aos computadores e às asas de avião.

Deslocalizaram-se e fecharam-se fábricas, criou-se desemprego, mas era o futuro inexorável: ninguém produzia tão barato como eles.

Depois começaram a aparecer problemas de qualidade. O materiais não têm fiabilidade e os produtos não obedecem às especificações anunciadas. Os brinquedos para crianças tinham tintas tóxicas, os alimentos para animais de estimação (pet food) não prestavam, mais ou menos tudo era piratado com violação de patentes.

 

Agora veio a falsificação mais despudorada.

No leite infantil foi acrescentada água e, para recompor o nível de proteínas, foi introduzido um químico que provoca a paralisia dos rins e, depois, a morte das crianças. Já estão hospitalizadas milhares e algumas morreram.

Não há qualquer controlo, A corrupção, a venalidade e a ganância permitem tudo. Não se pode confiar no que quer que seja.

O leite chinês está a ser retirado do mercado.

Não será melhor retirar também o resto?

 

É preciso começar a pensar em controlar seriamente os produtos «made in China».



publicado por commonsense às 21:06
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Quarta-feira, 17 de Setembro de 2008
erros judiciários

 

O estado foi condenado a indemnizar Pedrosa e Pinto da Costa, por prisão ilegal. Estas sentenças assumiram que houve erro judiciário nas que lhes foram anteriores.

 

Houve, pois, primeiras sentenças que julgaram certas coisas e, depois, outras que julgaram que as primeiras estavam erradas. Esta últimas ainda estão em recurso e poderão bem ser revogadas pelos tribunais superiores, por estarem erradas.

 

O que me leva a concluir que erros judiciários houve com certeza nestas sentenças; só não sei se nas primeiras ou se nas segundas.

 

 



publicado por commonsense às 21:08
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Quarta-feira, 10 de Setembro de 2008
A repugnante república do sócrates

 

Já não é a primeira vez que alguém é baleado dentro de uma esquadra da polícia.
Pelo caminho que as coisas levam, receio que não seja a última.

 

Este é o verdadeiro choque de culturas: na República do Sócrates (não confundir com a de Platão) são completamente invertidos os valores.

 
O criminosos são os heróis e os polícias são os vilãos.

 

Pior ainda, é o próprio Estado que é condenado a indemnizar por ter tentado defender as crianças contra violações, violências sexuais e pedofilia.

 

A República do Sócrates só pode merecer repugnância.

 

Quousque tandem ... continuarão a abusar da nossa paciência !?

 

até quando teremos de sofrer todas estas perversões ?!

 

até quando persistirão em violentar os mais básicos valores da moralidade e da civilidade ?!

 


sinto-me: enojado

publicado por commonsense às 16:28
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