Um por cento a menos no IVA não é mau, até é bom, mas não chega. No meio de impostos tão altos, como o IVA a 20%, o IRS, o imposto sobre a gasolina, sobre os carros, sei lá mais quê, não chega a fazer diferença.
Uma aluna que vai ser castigada por indisciplina não é mau, até é bom, mas não chega. Se fosse só aquela aluna, naquela escola, daquela vez... mas não é. A indisciplina, a má criação, a rasquice já existiam e continuam em praticamente todas as escolas, numa imensidade de alunos. Os professores, em geral, não têm autoridade. Os pais, quase sempre, fazem parte do problema em vez de fazerem parte da solução. Um caso como aquele não chega para fazer diferença.
Se se tirar uma gota de água do mar, ele fica com menos água, mas não se nota.
É isso mesmo, é uma gota de água. O que é importante não é haver uma gota de água, é ser só uma gota de água.
Commonsense não gosta de piercings. Nem entende como é que alguém pode gostar. Embora constate que há quem goste.
Mas esta de os proibir, deixa-o atónito.
Então não há nada mais importante para tratar no País?
É de recear que seja incumbida a ASAE de controlar e impor esta proibição.
Num sistema de democracia representativa, como o nosso, o fundamental do exercício da cidadania é feito através de partidos políticos.
Os partidos, neste sistema, devem compreender o sentir dos cidadãos e dar-lhes voz. Devem representá-los politicamente.
É por isso e para isso que são pagos pelos nossos impostos.
Os partidos não cumprem a sua obrigação legal e cívica quando, em vez de representarem os cidadãos, se representam a si mesmos, aos seus dirigentes, aos seus membros, ou até (coisa tabu) aos seus financiadores. Quando assim sucede, perdem a credibilidade, a respeitabilidade, os cidadãos deixam de confiar neles, e a abstenção aumenta.
É isto o que está a suceder cada vez com maior gravidade em Portugal. Por isso, a opinião geral sobre os partidos e os políticos é de que «são todos iguais».
Os partidos estão a ser progressivamente colonizados por oligarquias cujas interesses promovem e que os alimentam com negócios e interesses. Há hoje, na política portuguesa, coisas que são tão claras que é preciso ser cego para não ver: em Oeiras, na Portucale, no Casino de Lisboa, no Parque Mayer, em Gondomar, em Felgueiras... e podia continuar...
É assim que sucede na Sicília, na Calábria, em Nápoles, na Albânia... e podia continuar...
A grande maioria dos portugueses anda descontente, mas quando chegarem as eleições não vai ter em quem votar. Vai ficar em casa, descontente e deprimida... e a maioria do voto vai ser na abstenção ... provavelmente ...
Commonsense é fundador do PSD. Fez comícios, manifestações, colou cartazes, andou à tareia, andou de arma na mão, gastou dinheiro (nunca recebeu nem ganhou um tostão), correu o país, fez campanhas eleitorais, participou em órgãos partidários, em comissões políticas, com Sá Carneiro e outros.
Está de cabeça perdida com o que estes energúmenos estão a fazer com o seu partido.
Vem-lhe ao espírito o genial:
look what they've done to my party
Commonsense já há algum tempo desconfiava que alguém no PSD queria fazer uma fusão com o CDS.
Era a maneira airosa de receber no regaço o antigo trânsfuga Paulo Portas e de dar emprego político ao seu clube de fans.
Parece que já começou.
Adoptou a cor azul do CDS e uma seta feminina para dar com a idiossincrasia do dito.
Só que bem pouca gente irá votar naquela espécie híbrida.
A avaliação no Ministério da Educação foi este sábado inaugurada, com pompa e circunstância, pela própria Ministra. Foi chumbada por 100 mil votos contra. Só falta, agora, que se demita a si mesma, para demonstrar a seriedade do seu sistema.
PS: Vital Moreira, no seu blog causa nossa, insinua que as intervenções abusivas da polícia em várias escolas foram levadas a cabo por elementos da FENPROF infiltrados na PSP. Não há nada como ter zelo. Já era assim quando militava pelo PC (antes de virar a casaca).
Se continuar por este caminho Vital Moreira ainda há-de ir a Ministro (da Educação? ou da Administração Interna?).
Esta revolta dos professores parece a maior movimentação cívica desde o buzinão da ponte.
Commonsense acha que têm razão: aquele sistema de avaliação é, pelo menos, suspeito e tem aspectos inqualificáveis.
Além disso, décadas de degradação de desconsideração, de frustração, de indisciplina e de desautorização são de fazer perder a paciência a um santo.
Vamos ver o que dá.
Pelo menos mostra que a sociedade civil ainda tem alguma vitalidade!
Paulo Portas ficou melindrado. Não sei porquê.
Desde há anos, na direcção do Independente, Paulo Portas inaugurou um novo estilo na política portuguesa, consistente em difamar os inimigos políticos e atacá-los pessoalmente. Foram tantos os casos que os tribunais não conseguiram tratar de todos.
Agora, voltou ao estilo mas teve resposta ao mesmo nível. A resposta foi feia, mas não foi mais feia do que aquilo a que respondeu.
Paulo Portas não tem razão, por três razões:
- Porque quem com ferro mata com ferro morre, e ele foi o inaugurador e o campião daquilo de que agora se queixa;
- Porque foi ele quem atacou primeiro e a resposta foi ao nível do ataque, nem melhor nem pior, de nível igualmente baixo;
- Porque efectivamente Paulo Portas e o seu Partido têm muitas coisas a explicar em muitas matérias, coisas que, também acho, não se branqueiam na cadeira do dentista.
Como se não chegasse, é desprestigiante que Paulo Portas não conseguisse arranjar um advogado na sua área política, nem sequer numa área política democrática. Teve de ir pescar um no MRPP.
Nada disto ajuda a prestigiar o sistema político português!
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