O maior défice do País não é financeiro, nem é democrático, talvez seja neuronal, mas é concerteza de senso comum
Sexta-feira, 29 de Junho de 2007
serial killers
Agora, depois da senhora da DREN e do próprio Sócrates, é Correia de Campos, Ministro da Saúde que usa de violência persecutória e abusa do seu poder.
 
A última vítima foi a Directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho. Tanto quanto se sabe, um médico do Centro tinha afixado num placard uma fotocópia de um pedaço do Jornal de Notícias onde o Ministro da Saúde afirmava que nunca tinha ido a um Serviço de Atendimento Permanente (SAP) e não pretendia ir.
 
Numa sociedade democrática e civicamente adulta, este facto é sobremaneira relevante para os utentes daquele mesmo Centro de Saúde e até para todos os portugueses. Afinal o Ministro poupa dinheiro destruindo o Sistema Nacional de Saúdea mas, para si próprio, recorre a outras soluções. É obviamente importante que seja sabido e, por isso, o Jornal de Notícias o publicou e não foi processado. E se fosse processado seria absolvido, porque estava a cumprir o dever de informar e é de interesse público saber que o próprio Ministro da Saúde não confia no Sistema Nacional de Saúde para tratar da sua própria saúde.
 
Porém, se não processou o Jornal – o que seria politicamente incorrecto – não resistiu a atacar a Directora do Centro de Saúde. E, assim, proferiu um despacho – publicado no DR com data de 5 de Janeiro de 2007 – em que afastou a Directora daquele Centro de Saúde dizendo que ela não reunia «as condições para garantir a observação das orientações superiormente fixadas para a prossecução e implementação das políticas desenvolvidas» pelo Ministério.
 
Este despacho é manifestamente ilegal, porquanto a referida Directora, segundo noticia a imprensa, promoveu a remoção do dito pedaço de jornal e admoestou o medido que o havia ali colocado. A fazê-lo, a Directora cumpriu exacta a escrupulosamente o seu dever funcional.
 
Mas o Ministro Correia de Campos usou da prepotência e da violência, abusou do seu poder – que lhe foi emprestado por nós – como um «vilão com o pau na mão» e pôs a Directora na rua.
O mais indecoroso é que, no lugar da Directora colocou - quem havia de ser? - um socialista da vereação da Câmara local. Há sempre um socialista à mão...
 
Com isto ficamos a saber que dentro dos edifícios públicos, além de ser proibido fumar, é também proibido dizer mal do Governo ou desagradar aos governantes.
Este Governo ataca como um serial killer. Agora foi a vez de Maria Celeste Cardoso, da próxima será um de nós.

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publicado por commonsense às 23:36
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Sábado, 23 de Junho de 2007
Do Portugal profundo

Do blog http://www.doportugalprofundo.blogspot.com/ respiguei uma frase conclusiva, eloquente, inexorável:

O sistema persegue politicamente os seus opositores por estes pretenderem exercer os seus direitos de cidadania. Mas só sobrevive com a complacência dos órgãos do Estado formalmente encarregues da vigilância dos abusos e a resignação popular.

O autor deste blog está a ser perseguido pela justiça, não por ter cometido algum crime, mas por ter escrito no seu blog sobre a lamentável carreira académica do nosso primeiro ministro.

Nesse blog, que reli, nada encontrei de menos verdadeiro.

Onde estará, então, o crime? Na imputação de factos desonrosos ao primeiro ministro? Pura falácia. O que há de mal não é a revelação da anómala carreira académica do primeiro ministro; o que está muito mal é a anomalia dessa mesma carreira. Quem agiu mal foi o primeiro ministro ao protagonizar tais comportamentos, não foi o bloguista que os relatou.

O simples facto de haver perseguição criminal neste caso e por este caso constitui a mais violenta agressão à ordem constitucional democrática portuguesa desde o 25 de Abril. Não pode ser tolerada nem deixada prosseguir sem reparo, sem protesto, sem revolta, sem oposição.

A nossa solidariedade não pode ser poupada, nem tímida, nem tíbia. Tem de ser clara, aberta, notória e persistente. 

É uma questão de cidadania, de decência, de dignidade.



publicado por commonsense às 15:59
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Quarta-feira, 13 de Junho de 2007
Desconfiança

Estou desconfiado.

Este assomo de diálogo por parte do Governo, sobre a localização do aeroporto, suscita-me a suspeita:

finge fair play a aprecia a alternativa... mas, depois, volta à mesma Ota.

O que é que o Governo ganha com isto? Simula aceitar a sugestão do Presidente, sem nada ceder, e, sobretudo,

facilita a campanha do seu candidato à Câmara de Lisboa.

Estou mesmo desconfiado: quando a esmola é muita...


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publicado por commonsense às 21:43
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Domingo, 3 de Junho de 2007
O sistema de ensino e a cultura inculta

Quando eu me formei, o ensino era bom, embora restrito a um sector limitado da população.

A minha geração teve a ilusão de que a generalização do ensino teria como consequência a generalização da qualidade.

Que ilusão!

Não obstante o alargamento do ensino a quase toda a população, o número de pessoas com qualidade cultural manteve-se aproximadamente o mesmo. E oficializou-se a 'cultura inculta'.

O actual sistema serve para o parqueamento dos filhos pelos pais que vivem nas periferias das cidades e trabalham ambos. O professores fazem de 'baby sitters'. O sistema educativo visa a formação de consumidores.

No meio de toda esta desgraça, os pais que puderem não terão outro remédio senão escolherem e pagarem caro um ensino de qualidade que obviamente não é ministrado pelo Estado.

A Senhora Ministra é (mais) uma responsável pela degradação do ensino.

O próprio Senhor Primeiro Ministro é uma prova da perda de qualidade do sistema de ensino em Portugal.


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publicado por commonsense às 11:24
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