Estes são os verdadeiros resultados do referendo (fontes: população (Governo); votações (Comissão Nacional de Eleições):
Habitantes |
10.536.000 |
100,00% |
Recenseados |
8.832.628 |
79,56% |
Votantes |
3.851.613 |
36,55% |
Abstenções |
4.981.015 |
47,29% |
Brancos |
48.185 |
0,45% |
Nulos |
26.297 |
0,24% |
Sim |
2.238.053 |
21,24% |
Não |
1.539.078 |
14,60% |
Abstiveram-se 47,29% dos dos portugueses
Votaram SIM 21,24% dos portugueses
Votaram NÃO 14,60% dos portugueses
Com estas votações, penso que o Presidente da República tem de ter coragem política para exercer o veto político sobre a lei resultar deste referendo, de modo a que tenha de ser aprovada por 2/3 doa deputados.
O voto de 2 milhões duzentos e tal mil portugueses (21,24%) não é suficiente para uma lei tão radical.
Gostava de saber a vossa opinião
A última de correia de campos: quer alterar o Juramento da Hipócrates de modo a impedir os médicos de usarem da objecção de consciência perante o aborto. Assim, segundo a vontade de correia de campos, um médico que invoque a objecção de consciência para recusar o aborto já pode ser demitido.
Mas Hipócrates já muitas vezes foi contrariado e saíu sempre vencedor. Mais cedo ou mais tarde. Por vezes, tarde.
Na Alemanha, entre 1933 e 1945, também o governo de então se sentiu legitimado para fazer a mesma coisa: obrigar os médicos a fazer coisas monstruosas. E fê-las. Tinha - pensa-se - a população do seu lado, mas ninguém fez um referendo. Se tivesse havido um referendo na Alemanha, entre 1933 e 1945, possívelmente teria sido aprovada a interrupção de tantas vidas e de tantas coisas.
A Ordem dos Médicos disse NÃO a correia de campos. Mostrou que tem carácter, que tem espinha dorsal, que tem moral.
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