A comissão do Parlamento Europeu encarregue de investigar os vôos da CIA foi mal recebida. O ministro dos negócios estrangeiros, recebeu-a mal e mal lhe respondeu. No Parlamento foi-lhe negado o acesso á sala do senado. Ninguém lhes respondeu, ninguém quer dizer nada, é a lei do silêncio, o embaraço comprometido.
E, no entanto, este incómodo e esta recusa de responder são o mais forte dos indícios de que há algo escondido. É impossível que ninguém tenha visto ou sabido daqueles vôos. E é impossível que a Condoleza Rice, sem negar que os vôos, os sobrevôos e as escalas existiram, diga sempre que não foi violada a soberania dos países - como Portugal - que estão envolvidos.
Só pode ser porque foram autorizados pelos governos em questão. Secretamente, mas foram.
Por isso, é imprescindível saber se - sim ou não - as autoridades portuguesas autorizaram as autoridades americanas a fazerem o quê em território português. É evidente que autorizaram - e por isso estão tão embaraçadas. Mas não chega saber isso, que toda a gente já percebeu.
É imprescindível saber o que é que está autorizado, quem o autorizou, quando, qual o conteúdo concreto e exacto do que foi autorizado.
É sobretudo preciso revogar essa autorização. Este estatuto servil de protectorado que Portugal assumiu é uma vergonha.
Sejamos se, mais uma vez, o Presidente da República se comporta como se não o fosse.
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