O maior défice do País não é financeiro, nem é democrático, talvez seja neuronal, mas é concerteza de senso comum
Domingo, 8 de Outubro de 2006
Special renditions revisited
É importante ler o relatório preliminar do Conselho da Europa sobre as actividades clandestinas da CIA na Europa.
Está disponível online em http://www.carloscoelho.org/dossiers/cia/ver_detail.asp?tipo=4&cia=240
Do que tem vindo nos jornais e do que as autoridades portuguesas e americanas têm dito sobre o assunto, retira-se um claro mal estar e ocultação de informações.
Os americanos dizem que não violaram a soberania portugUesa, nem de qualquer país europeu. As autoridades portuguesas dizem que não dizem ... que não há provas ... disfarçam ...
É evidente que as práticas em questão existiram - aqui ou ali, mais ou menos graves e frequentes - e que foram autorizadas pelas autoridades locais. As declarações americanas, sempre reiteradas, significam isso, mesmo: eles não dizem que não fizeram; dizem - sim - que não o fizeram sem o conhecimento e sem o consentimento das autoridades locais.
Por isto, não pode deixar de ser exigido às autoridades portuguesas - a começar pelo Presidente da República e pelo Primeiro Ministro, sem esquecer o Ministro dos Negócios Estrangeiros e os chefes dos serviços secretos, polícias, etc. - se existe, ou não, algum documento ou algum acordo, compromisso, protocolo, o que seja - que autorize agentes americanos a executar operações de captura, detenção, interrogatório, transporte ou escala de prisioneiros, suspeitos, etc., em território português - incluindo na base das Lages (que, pelo menos oficialmente, é território português).
Tem de ser perguntado e tem de ser respondido.
É inaceitável que Portugal tenha passado de império colonial a colónia.
Portugal é colónia desde 1800, isso do império foi uma brincadeira. Boa semana
Portugal foi um semi-protectorado inglês, desde as invasões francesas. Mas, mesmo assim, tinha uma certa dignidade. Agora é um satélite, sem vontade propria nem autonomia política, em que ninguém, no Estado e na Política, se atreve a desgradar ao amigo americano.
É sempre mau ser assim: quem muito se abaixa ...
De touaqui a 10 de Outubro de 2006 às 19:41
Não sei qual a dúvida nisto tudo, somos o mata borrão dos erros dos outros.
Deixamo-nos ir na treta dos outros e estamos a levar com ela na tromba e ainda dizem que está tudo bem .
Só discordo do «somos».
São, «eles», aqueles, que nos governam, que nos envergonham e que melhor seria que estivessem longe ... longe ...
Passei para desejar uma boa semana.
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