O maior défice do País não é financeiro, nem é democrático, talvez seja neuronal, mas é concerteza de senso comum
Sábado, 28 de Março de 2009
a sida, o comportamento sexual e o preservativo
A Universidade de Harvard - Harvard Aids Prevention Research Project - defende que o uso do preservativo é menos eficiente do que o comportamento sexual na prevenção da sida. Ao fim de 20 anos de estudos intensivos na prevenção da sida nos países em desenvolvimento, a conclusão é de que o retardamento do início da vida sexual dos adolescentes e o incremento da monogamia é francamente mais eficiente do que o uso do preservativo.
Esta conclusão é óbvia. É muito mais eficaz convencer os povos a retardar a início da vida sexual e a manter a monogamia (reduzindo o número de parceiros sexuais preferencialmente a só um) do que andar a distribuir preservativos na floresta.
A política de comportamento sexual pode ser (e está a ser) implementada com relativa facilidade por missões religiosas, escolas, etc.
A prevenção assente no preservativo exige uma distribuição massiva. Para ser minimamente eficiente, o uso do preservativo tem de ser geral e sistemático: implica a distribuição de, práticamente, um preservativo por dia a cada um dos milhões e milhões de pessoas envolvidas. Isto implica um custo brutal que ultrapassa a totalidade das verbas disponíveis e vai deixar milhões à fome, sem educação e sem tratamento de outras doenças.
Porquê então tanto entusiasmo pela prevenção assente no preservativo? Porque é um negócio da china para os fabricantes, os distribuidores, etc.... para imensa gente. A indústria e o comércio do preservativo tem o seu lobby...
De
fanicos a 28 de Março de 2009 às 16:33
Enquanto esta sociedade, dita civilizada, continuar a incentivar, por todos os meios, e até através dos paizinhos, as relações sexuais entre adolescentes (namoro sem cama, já não é namoro), não me parece que haja muito a fazer.
Fanicos: o que diz é verdadeiro, mas só sucede num meio social restrito. Não tem significado geral, sobretudo em África ou nos países emergentes.
As investigações que referi fazem uma distinção clara entre o problema urbano e rural na prevenção da sida.
Outra questão é a dos filhos mimados da burguesia rica em que constitui padrão vulgar aqueles comportamentos que refere. Esses morrerão de sida e não farão grande falta. São lixo urbano.
De
Fanicos a 29 de Março de 2009 às 20:04
O problema é que, caro commonsense, os países do primeiro mundo, como Espanha, França e outros, que deviam dar o exemplo, reagiram às papavras do Papa ... enviando milhões de preservativos, a a título gratuito, para África!. E enquanto a poligamia tende a desaparecer em África - nos outros continentes é praticamente inexistente - na Europa e América aumenta o permissivismo, o adultério, o divórcio, a homoxessualidade, o aborto, etc., etc.
Onde está a nossa missão civilizadora? Ou vamos deixá-la apenas a padres e freiras?
Milhões de preservativos enviados para África, dão mais ou menos para uns poucos dias. Quer dizer, não servem para nada, a não ser para um golpe de imagem.
No restante, não sou tão pessimista: a promiscuidade existe na Europa e na América ricas, mas afecta um parte muito limitada da população. Em geral, as pessoas séria e honestas - as pessoas de bem - não são promíscuas. E, como se sabe, sem promiscuidade não há difusão da sida. O que é importante e eficiente é reduzir a promiscuidade.
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