O maior défice do País não é financeiro, nem é democrático, talvez seja neuronal, mas é concerteza de senso comum
Sexta-feira, 5 de Dezembro de 2008
não há banquetes grátis

 

Commonsense acaba de receber na sua caixa de correio (postal) uma «carta aberta à população de Lisboa», da autoria da Liscont, em que defende as suas teses sobre o terminal de contentores de Alcântara.


Commonsense não pode ter certezas em matéria que não conhece em detalhe, mas não deixa de ter convicções.


Commonsense sabe que não há almoços grátis e, mais ainda, que não há banquetes grátis.


Ora, Commonsense tem a convicção de que este negócio da Liscont é um banquete, tem a convicção de que este banquete não é grátis e que foi ou virá a ser pago por alguém a alguém.


Mas, para que não fique no campo incerto das convicções, Commonsense sente-se no direito de dirigir algumas perguntas à Liscont, já que esta se sentiu no direito de dirigir uma carta aberta a Commonsense:


1ª Commonsense quer saber qual o teor de todas as sucessivas versões do contrato de concessão do terminal de contentores de Alcântara e quer que a Liscont lhes dê publicidade.


2ª Commonsense quer saber qual o teor de todos os diplomas legais especificamente promulgados sobre esta concessão e quer que a Liscont lhe dê publicidade.


3ª Commonsense quer saber quem são todos os accionistas da Liscont, da Tertir, da Mota-Engil e quais as ligações que o socialista Jorge Coelho tem a ver com esta prorrogação da concessão e quer que a Liscont lhes dê publicidade.


4ª Commonsense quer saber quais foram os escritórios de advocacia que intervieram nesta alteração do regime da concessão, no estudo e preparação de minutas do Decreto-Lei e na modificação do contrato de concessão e quer que a Liscont lhes dê publicidade.


5º Commonsense quer saber quais são os contributos directos e indirectos do Grupo Mota-Engil para o Partido Socialista e quais as quantias pagas a membros deste Partido e a empresas que lhes estejam ligadas a título de honorários, consultoria, prestação de serviços ou outros e quer que a Liscont lhes dê publicidade.


Commonsense tem a convicção de que não vai obter resposta a qualquer destas perguntas e, na falta de respostas, vai ficar com a convicção de que este assunto foi efectivamente um banquete e que esse banquete não foi grátis.



publicado por commonsense às 21:16
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De garina do mar a 8 de Dezembro de 2008 às 10:36
o que me "xateia" neste processo é faltarem umas contas!! do tipo:
- quanto custava dragarem a barra de Setúbal para receberem lá os navios que querem receber aqui? lá os cais estão prontos e não estão dentro da cidade e nem sequer na zona dos golfinhos, comparando esse custo com as obras que vão ter que ser feitas em Alcântara para esta nova versão;
- quanto custava os contentores virem de Setúbal para os seus locais de destino, comparando esses custos com os custos económicos, ambientais e sociais de ter os camiões a passearem por Alcântara, Algés, Avenida de Ceuta, etc... ou com os custos de construir um acesso ferroviário que os separasse do tráfego rodoviário?
- quanto é que Lisboa e o País ganhavam se em vez de receber contentores Alcântara fosse transformada na "Porta Marítima de Lisboa" com terminais de chegada/partida de navios de cruzeiro do lado do rio (e não de escala como agora), a náutica de recreio do lado de dentro e aqueles edifícios transformados em hotéis, restaurantes, lojas, clubes náuticos... tendo presente que não havia perda de postos de trabalho já que o trabalho portuário seria desviado para Setúbal e seriam criados bastante mais associados à nova funcionalidade de Alcântara?

enquanto ninguém fizer essas contas, e obviamente que ao Porto de Lisboa e à Liscont/Tertir/etc., não interessa fazê-las continuamos a ter só uma "birra" de uns senhores que se queixam de ir ficar sem vista!! e eu tenho na ideia que não era tão difícil assim demonstrar que ficávamos todos a ganhar com uma trocazinha: contentores em Setúbal e Sines (pelo menos os navios maiores) e recreio e turismo náutico em Alcântara...


De commonsense a 8 de Dezembro de 2008 às 11:33
Não há nada como perceber dos assuntos. Acho que a associação Lisboa e Tejo e Tudo vai precisar de tu, aliás, de nós


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