Lá ganhou a Manuela.
Com margem magrinha, como é costume no PSD, mas ganhou.
Agora importa saber se no congresso que aí vem a seguir conseguirá compor uma equipa políticamente forte e competente, e que não seja sectária. Quer dizer, que inclua gente para além dos seus apoiantes. Se o conseguir, o PSD ganhará um novo "lease of life".
Depois:
O PSD irá atacar Sócrates e o seu Governo com gana. O ataque vai assentar sobretudo em ortodoxias: ortodoxia política, ortodoxia financeira e até moral. Uma das componentes mais vistosas deste combate será a protecção dos mais pobres e dos mais desprotegidos afectados pela crise. Sócrates vai defender-se acusando a Manuela de ser uma das causadoras de crise orçamental, quando foi Ministra das Finanças. Vai ser um diálogo de surdos.
Se a crise económica se instalar e aprofundar, como receio que aconteça, Sócrates vai perder a maioria absoluta de certeza e talvez mesmo a maioria. Depende de o descontentamento das pessoas disparar e de essas pessoas conseguirem ver na Manuela a solução.
Esta última condição poderá ser difícil porque, segundo a conheço, a Manuela vai pregar uma ortodoxia financeira e orçamental ainda mais dura que a de Sócrates. E, seja certo ou errado, as pessoas o que não querem é ortodoxia financeira. Casa onde não há pão...
Mesmo assim, antes a Manuela do que o Lopes.
Mas foi pena. Foi escolhida a opção mais conhecida, mais cautelosa, com menos rasgo, com menos génio político.
Ao PSD faltou o golpe d'asa...
Post scriptum: I wonder como é que o Santana Lopes ainda teve tantos votos. Como é possível, meu Deus!
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