A Polícia Portuguesa tem dedicado à investigação do chamado caso McCann um enorme esforço de investigação que obviamente não dedica a casos de desaparecimento de crianças portuguesas.
Tem feito isto sob a pressão intensa da imprensa inglesa, principalmente dos tablóides que elegeram este caso como pretexto para desacreditar e humilhar a Polícia Portuguesa, transformando-a em culpada por não encontrar a criança.
No jogo do «passa culpas» os pais McCann fogem a ser culpados pela negligência com que deixaram sozinhos os seus três filhos e passa a Polícia Portuguesa a ser culpada por incompetente (não agiu como devia), preguiçosa (só trabalha quatro horas por dia), etc.
Quando surgiram indícios de que a criança poderia ter sido acidentalmente morta pelos (ou por um dos) pais, e o seu corpo ocultado, intensificou-se o ataque da imprensa inglesa, provavelmente orquestrada pelos agentes de comunicação contratados pelos pais McCann com o muito dinheiro que lhes foi disponibilizado. Entrou-se na agressão verbal e mesmo no insulto pessoal.
Um inspector fartou-se e desabafou numa entrevista que não deveria ter dado. Foi imediatamente demitido. A Polícia Portuguesa ficou fragilizada.
Como cidadão português, sinto-me mal. Sinto que poderá ter havido pressão do Governo Inglês, ou talvez não. Mas o Governo Português, ao apressar-se a demitir o inspector da polícia portuguesa, fez-me lembrar os tempos do império britânico. Só falta uma canhoneira no Tejo.
O enorme esforço português tem sido recebido pelos ingleses com desprezo e desconsideração, com ridicularização e mesmo injúria.
Tudo isto me leva a pensar que não tem sentido, nem é justo, que a Polícia Portuguesa continue a dedicar a este caso os meios e a energia que nunca dedicou ao desaparecimento de qualquer criança portuguesa.
É urgente acabar com isto. Arquivar este processo e dedicar os meios que lhe têm estado afectados à investigação do desaparecimento de crianças portuguesas que continuam por encontrar. Tenho a certeza que os seus pais responderão com reconhecimento e não com desprezo.
É urgente acabar com isto.
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