Em Mafra, Putin referiu-se à instalação de mísseis na Europa de Leste como uma nova "crise dos mísseis" comparável à que ocorreu em Cuba nos anos sessenta, que deixou o mundo à beira da guerra.
Seria bom que os Checos e os Polacos compreendessem bem o que se passa e deixassem de obedecer em tudo ao "amigo americano" não permitindo a sua instalação.
A intervenção do "nosso" Barroso podia ter sido mais diplomática. Mas ele também é muito amigo do "amigo americano".
As coisas estão a ficar feias por aqui.
A Polícia Portuguesa tem dedicado à investigação do chamado caso McCann um enorme esforço de investigação que obviamente não dedica a casos de desaparecimento de crianças portuguesas.
Tem feito isto sob a pressão intensa da imprensa inglesa, principalmente dos tablóides que elegeram este caso como pretexto para desacreditar e humilhar a Polícia Portuguesa, transformando-a em culpada por não encontrar a criança.
No jogo do «passa culpas» os pais McCann fogem a ser culpados pela negligência com que deixaram sozinhos os seus três filhos e passa a Polícia Portuguesa a ser culpada por incompetente (não agiu como devia), preguiçosa (só trabalha quatro horas por dia), etc.
Quando surgiram indícios de que a criança poderia ter sido acidentalmente morta pelos (ou por um dos) pais, e o seu corpo ocultado, intensificou-se o ataque da imprensa inglesa, provavelmente orquestrada pelos agentes de comunicação contratados pelos pais McCann com o muito dinheiro que lhes foi disponibilizado. Entrou-se na agressão verbal e mesmo no insulto pessoal.
Um inspector fartou-se e desabafou numa entrevista que não deveria ter dado. Foi imediatamente demitido. A Polícia Portuguesa ficou fragilizada.
Como cidadão português, sinto-me mal. Sinto que poderá ter havido pressão do Governo Inglês, ou talvez não. Mas o Governo Português, ao apressar-se a demitir o inspector da polícia portuguesa, fez-me lembrar os tempos do império britânico. Só falta uma canhoneira no Tejo.
O enorme esforço português tem sido recebido pelos ingleses com desprezo e desconsideração, com ridicularização e mesmo injúria.
Tudo isto me leva a pensar que não tem sentido, nem é justo, que a Polícia Portuguesa continue a dedicar a este caso os meios e a energia que nunca dedicou ao desaparecimento de qualquer criança portuguesa.
É urgente acabar com isto. Arquivar este processo e dedicar os meios que lhe têm estado afectados à investigação do desaparecimento de crianças portuguesas que continuam por encontrar. Tenho a certeza que os seus pais responderão com reconhecimento e não com desprezo.
É urgente acabar com isto.
Começou em Londres o julgamento da polícia inglesa pela morte do brasileiro Jean Charles de Menezes.
Note-se que não vai ser julgado nenhum dos agentes daquela polícia, mas a própria polícia como instituição. Note-se também que não vai ser julgada por homicídio, mas por falha técnica numa operação.
Para quem já não se lembrar, vários polícias ingleses, sem aviso prévio nem provocação, mataram Jean Charles de Menezes, numa estação do Metro de Londres, com 7 - leia-se: sete - tiros na cabeça à queima roupa.
Agora dizem que foi por engano. Era uma pessoa pacífica que nada tinha a ver com terrorismo. Estava ali em paz. E foi chacinado assim.
É particularmente chocante a quantidade dos tiros - sete. Não bastava um tiro na cabeça para o matar? Parece haver uma preocupação em não o deixar mesmo sobreviver. O que é que Menezes saberia ou teria visto para ser abatido deste modo? Nunca se saberá!
Mas é esta a polícia inglesa que critica a portuguesa no caso da criança desaparecida no Algarve. A polícia portuguesa pode não ter encontrado a criança, mas não a matou, muito menos a tiro e ainda menos com sete tiros na cabeça.
Por mais que nos queixemos, por vezes com razão, jamais a polícia portuguesa teria feito o que fez a polícia inglesa.
E se o tivesse feito, seriam os autores dos tiros a ser julgados, por homicídio e não por falha técnica.
Os ingleses continuam - como no tempo do império - a considerar-se seres superiores aos outros. No fundo desprezam-nos, não nos consideram iguais, nem a nós nem aos brasileiros.
Não podemos ser ingénuos com eles.
Sempre que nos criticarem devemos recordar-lhes este caso Menezes.
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